sábado, 31 de agosto de 2024

***Colaboração***

 

PRECISAMOS DE (MUITO) MAIS LINHAS DE PRODUÇÃO NO SETOR AEROESPACIAL


O texto abaixo é uma colaboração de um dos nossos leitores, a quem agradeço!

Colabore você também! Envie material interessante para este Blog! 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

O CENÁRIO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO MERCADO AEROESPACIAL MUNDIAL NA ATUALIDADE - UMA BREVE INTRODUÇÃO.

Após visitar diversos centros de inovação tecnológica este ano, obtive alguns insights que gostaria de compartilhar com vocês sobre as evoluções aeronáuticas, tanto civis quanto de defesa.

Não é novidade que motores elétricos, circuitos digitais e inteligência artificial (IA) para aviões, drones e materiais bélicos já estão em uso. No entanto, devido aos recentes requerimentos das Nações Unidas, tornou-se obrigatório que a produção de todas as peças seja regionalizada nas Américas e Europa.

Nesse contexto, enquanto a maioria das empresas ainda depende de peças e componentes chineses, russos, coreanos, entre outros, esse veto está causando uma mudança nos paradigmas da indústria brasileira no mercado mundial, seja bélico ou não. Afinal, já temos drones agrícolas produzidos no Brasil que estão em pleno funcionamento.

O PROBLEMA
Com as tensões aumentando, a ONU, em parceria com governos, está selecionando os melhores projetos e soluções absolutamente “regionais”. A princípio, pode parecer que isso é benéfico para nossa economia e crescimento das empresas. No entanto, a realidade é mais complexa.

Por exemplo, uma hélice de drone tático pode ser comprada por uma média de R$100,00 da China, enquanto a produção no Brasil custa cerca de R$1.000,00 por unidade. Esse problema se intensifica quando consideramos placas digitais, baterias e motores elétricos.

Podemos produzir tudo isso? Sim, claro! O que falta são insumos para criar nossas próprias linhas de produção, incentivos governamentais e uma mudança de mentalidade individualista para uma visão mais unificadora, com parcerias entre pequenas empresas de grande potencial. Somente assim poderemos fabricar o que atualmente importamos, com custos menores.

Portanto, a maioria das empresas, sejam grandes ou pequenas, enfrenta o dilema de não poder apresentar protótipos ou mesmo PMVs (produtos mínimos viáveis) que não sejam 100% nacionais. Isso ocorre porque, sem a certeza de que o investimento na total regionalização da produção (que é extremamente caro) será compensado por um contrato, as empresas hesitam em seguir adiante.

Um grande abraço,

Arthur Braga Padilha

CEO - Methark 

methark.com


 
(Foto: coleção pessoal)

Nenhum comentário:

Postar um comentário