O CENÁRIO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO MERCADO AEROESPACIAL MUNDIAL NA ATUALIDADE - UMA BREVE INTRODUÇÃO.
Após
visitar diversos centros de inovação tecnológica este ano, obtive
alguns insights que gostaria de compartilhar com vocês sobre as
evoluções aeronáuticas, tanto civis quanto de defesa.
Não
é novidade que motores elétricos, circuitos digitais e inteligência
artificial (IA) para aviões, drones e materiais bélicos já estão em uso.
No entanto, devido aos recentes requerimentos das Nações Unidas,
tornou-se obrigatório que a produção de todas as peças seja
regionalizada nas Américas e Europa.
Nesse
contexto, enquanto a maioria das empresas ainda depende de peças e
componentes chineses, russos, coreanos, entre outros, esse veto está
causando uma mudança nos paradigmas da indústria brasileira no mercado
mundial, seja bélico ou não. Afinal, já temos drones agrícolas
produzidos no Brasil que estão em pleno funcionamento.
O PROBLEMA
Com
as tensões aumentando, a ONU, em parceria com governos, está
selecionando os melhores projetos e soluções absolutamente “regionais”. A
princípio, pode parecer que isso é benéfico para nossa economia e
crescimento das empresas. No entanto, a realidade é mais complexa.
Por
exemplo, uma hélice de drone tático pode ser comprada por uma média de
R$100,00 da China, enquanto a produção no Brasil custa cerca de
R$1.000,00 por unidade. Esse problema se intensifica quando consideramos
placas digitais, baterias e motores elétricos.
Podemos
produzir tudo isso? Sim, claro! O que falta são insumos para criar
nossas próprias linhas de produção, incentivos governamentais e uma
mudança de mentalidade individualista para uma visão mais unificadora,
com parcerias entre pequenas empresas de grande potencial. Somente assim
poderemos fabricar o que atualmente importamos, com custos menores.
Portanto,
a maioria das empresas, sejam grandes ou pequenas, enfrenta o dilema de
não poder apresentar protótipos ou mesmo PMVs (produtos mínimos
viáveis) que não sejam 100% nacionais. Isso ocorre porque, sem a certeza
de que o investimento na total regionalização da produção (que é
extremamente caro) será compensado por um contrato, as empresas hesitam
em seguir adiante.
Um grande abraço,
Arthur Braga Padilha
CEO - Methark
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