quarta-feira, 28 de novembro de 2018

PÉROLAS VOADORAS!

FAKE NEW DO ESPÍRITO SANTO

Nosso leitor Calebe Murilo nos autorizou a compartilhar seu post no Facebook na semana passada, conforme segue:



Calebe Murilo tem toda razão. Informações erradas podem causar má interpretação e assim chegar às autoridades aeronáuticas. Em alguns casos, as reportagens podem ser usadas em processos judiciais.

A notícia completa está abaixo (o link é visível na primeira foto)

 
 


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Diretamente dos nossos "Archivos"

UM JORNALISTA PICADO PELO VÍRUS DA AVIAÇÃO DESDE TENRA IDADE

(por Solange Galante)



Este é o depoimento da mãe de um garoto de três anos de idade, que já gostava (muito) de avião, conhecia vários modelos de aeronaves e queria ser aviador.

Esse menino cresceu, tirou brevê, mas abraçou mesmo a carreira de jornalista, com excelência.

Roberto Pereira de Andrade nos deixou em 29 de agosto de 2015. Ele foi, sem dúvida, o maior especialista em indústria aeronáutica brasileira, com vários livros sobre o tema, constantemente atualizados, em inglês e em português. Falava oito idiomas, inclusive, português arcaico. Escrevia em inglês, francês, italiano, alemão e espanhol, além do português corretíssimo.

Esta foto de autoria de Márcio Jumpei era a predileta de Roberto Pereira de Andrade. Reprodução do site http://www.defesaaereanaval.com.br 

Eu o conheci quando fui indicada pelo piloto, empresário e então articulista de aviação Décio Corrêa para escrever para a revista Aero Magazine, onde Roberto era, então, editor chefe. A matéria "Mulheres na Cabine de Comando", publicada em junho de 1996 e Prêmio Santos Dumont (Categoria Aviação Comercial) naquele ano foi a primeira oportunidade de exibição profissional de meu talento. Roberto me apelidou de "Gioconda" (ele próprio não sabia o porquê) ou me chamava de "broto". Seu jeitão era meio rude, mas o conhecimento que ele passava era imenso. Aliás, transbordava conhecimento. E, mesmo que não fosse querido por alguns – mais do que normal – era muito respeitado por todos do meio.

Roberto Pereira com Ozíres Silva, então presidente da Embraer.
Foto: coleção de Roberto Pereira, sem identificação do autor.

Nascido no Rio de Janeiro em 1940, Roberto residia em São Paulo há 48 anos. Formado em Jornalismo e História, exercia sua profissão há 52 anos. Seu primeiro livro, "História da Construção Aeronáutica no Brasil", tornou-se referência para os pesquisadores e apaixonados pela aviação. Trata-se de um registro histórico extremamente importante e completo. Publicou ao todo mais de uma dúzia livros, entre eles: "A Caça ao Corneta Halley", "Chernobyl, Ameaça Nuclear", "Vickings, os Senhores do Mar", "Confidencial", "Foguetes e Mísseis", "Carros de Combate", "Veículos Militares Brasileiros", "Os Russos no Espaço", "Grandes Enigmas da Humanidade", "História da Construção Aeronáutica no Brasil" (quatro edições), "Enciclopédia de Aviões Brasileiros", "Aircrall Building-A Brazilian Heritage" (ern inglês), "Construção Aeronáutica no Brasil-100 Anos de História".

Trabalhou nos veículos: Jornal do Brasil, Manchete, Fatos e Fotos, Folha de S. Paulo, Boletim Cambial, O Estado de S. Paulo, Gazeta Mercantil, Tribuna da Magistratura, Rádio Gazeta, TV Cultura, TV Bandeirantes, revista Magnum, revista Bandeirante.Fez parte das equipes de criação do Jornal da Tarde e da Veja. Foi Diretor de Imprensa e Relações Públicas da TAM Regional. Foi editor das revistas nacionais Brasil Defesa, Defesa Latina, Flap Internacional, Aviação em Revista, boletim da Helibras, boletim da TAM, Aero Magazine.




Foram mais de 30 outros artigos publicados em revistas estrangeiras como Aviation Magazine, Interavia, Panorama Difesa, Jane's All the World Aircraft, JP4. Por ocasião de seu falecimento era editor do site de negócios Aerobusiness e colunista e articulista da revista Avião Revue.

Um dos últimos artigos de Roberto Pereira na Avião Revue, em dezembro de 2014.

O acervo em livros, fitas de vídeo, documentos e fotos raras de Roberto Pereira de Andrade está com a jornalista também especializada em aviação Maria Lucchiari Nunes, que trabalhava com ele desde 1988. Hoje ela detém os direitos de produção de seus livros e título de site (Aerobusiness) e ainda possui exemplares do livro "Aircrall Building-A Brazilian Heritage" (ern inglês) para vender.




sábado, 10 de novembro de 2018

COMIDA DE AVIÃO

VOANDO DE VIRACOPOS PARA LISBOA

No último dia 6 de novembro nosso colaborador Afonso Delagassa voou no PR-AIT (Airbus A330) da Azul Linhas aéreas (voo 8250) na classe econômica.

(Foto: Afonso Delagassa )

"Carne cortadinha com polenta ou macarrão com molho.
Salada, pão, manteiga, molho da salada e um doce de leite."

Segundo ele, esqueceram de servir bebidas, ele foi buscar um vinho pessoalmente na galley.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Livros de Aviação



“LIVROS DE AVIAÇÃO”

Vamos além de uma simples resenha. Apresentamos livros e indicamos onde podem ser conseguidos!



O BOEING 707 E SUA OPERAÇÃO NO BRASIL
Marcelo Magalhães



Resultado de mais de oito anos de extensas pesquisas do autor junto à arquivos particulares, sítios da internet, bibliotecas, hemerotecas e contando com a colaboração de inúmeros entusiastas, fotógrafos e pesquisadores de renome, tanto nacionais como estrangeiros – além de tripulantes que voaram a aeronave –, "O Boeing 707 e sua Operação no Brasil" cobre os mais de 50 anos de atividades do clássico jato no país. 

Capítulos dedicados à cada um dos operadores brasileiros do 707, mais de 450 fotografias – muitas delas inéditas ou nunca antes publicadas em livros –, 37 ilustrações comissionadas especialmente ao artista norte americano Jennings Heilig, depoimentos dos protagonistas da história da aeronave no Brasil; certamente a presente obra permanecerá como fonte de consulta e referência sobre o tema. (texto do autor)


Em português; repleto de ilustrações e fotos
2018 (1a. edição)
292 páginas
30 cm X 24 cm
Brochura
Capa dura


Onde pode ser adquirido?

Contatando diretamente o autor:

Valor: R$ 110,00 (mais custos de envio) 

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Plantão Caixa Preta

FALHA DE MANUTENÇÃO CAUSOU O ACIDENTE COM O D-ALCM EM 2016.


(foto: Seba Borsero)



No dia 10 de novembro de 2016, há quase dois anos, o MD-11F da Lufthansa Cargo D-ALCM (Buongiorno Italy), com dois pilotos a bordo, que fazia o voo LH8273 de Curitiba (PR, Brasil, Aeroporto Afonso Pena) para Buenos Aires (Argentina, Aeroporto Ezeiza), ao aterrissar, teve sua roda esquerda do trem de pouso dianteiro separada da perna do conjunto e arremessada contra a fuselagem do próprio avião, avariando-o.

Inicialmente, pensou-se que havia ocorrido a explosão de um dos pneus mas os spotters locais publicaram fotos da falta da roda da aeronave. A JIAAC (Junta de Investigación de Accidentes de Aviación Civil), autoridade local, foi a responsável pela investigação, com a qual a Alemanha colaborou.
O relatório final foi publicado pela autoridade de segurança aérea argentina no último dia 31 de outubro de 2018. Embora contrariando o Anexo 13 da ICAO por ter sido divulgado, ao menos por enquanto, apenas em espanhol – o que limita e dificulta a prevenção global da repetição das causas do incidente, classificado como “acidente” pelos argentinos –  as conclusões foram as seguintes:
- falta de trava de segurança no espaçador da roda
- falta de supervisão e controle de qualidade na escala de Dakar (o voo era Frankfurt-Dakar-Viracopos-Curitiba-Buenos Aires).
Segundo divulgou o boletim do site The Aviation Herald (AvHerald), a roda só foi encontrada após dez dias desde o acidente – a aeronave, aliás, permaneceu por algumas semanas em manutenção em Buenos Aires, antes de ser transferida também para manutenção para os Estados Unidos (Victorville / California), só voltando aos voos regulares meses depois.
O AvHerald prossegue informando que  “A investigação relatou que a roda do nariz esquerdo foi substituída durante uma escala em Dakar (Senegal). A Lufthansa realizou a troca de rodas e verificou o funcionamento correto da roda.”
O JIAAC analisou que nem o pessoal de manutenção nem a tripulação podiam detectar que faltava o mecanismo de bloqueio,  que deveria manter fixo e impedir que o espaçador e o conjunto se desenroscassem. A separação da roda, portanto, foi causada por uma tarefa de manutenção deficiente.
Observo que eu comentei o caso na Caixa Preta em janeiro de 2017 e, a princípio, acreditei que pudesse ter sido uma explosão de pneu por corte provocado por FOD – à semelhança do acidente com o Concorde na França, em 2000 – mas essa versão preliminar logo foi enfraquecendo, após comentários de especialistas em pneus aeronáuticos. Enfim, a  aeronave voltou ao voo está na ativa até hoje.


Veja outras fotos quanto ao relatório final diretamente no site: