segunda-feira, 25 de novembro de 2019

SPEECH

CONGONHAS QUER MUDAR DE ENDEREÇO!!!!

(E VOCÊ pode ajudar!!!!!!!!!!!)


Foto: Solange Galante

por Solange Galante

Mais de uma vez, aqui neste Blog, eu lamentei o risco de extinção dos historiadores de aviação. Após o falecimento de ícones como Carlos Dufriche, Germano Bernsmüller e Denir Lima de Camargo, entre outros, e embora não seja pra já essa extinção (felizmente) eu me preocupo sim com a nova geração de spotters e entusiastas, que quer fama imediata nas redes sociais, e não vai a fundo na história de companhias, aviões, aeroportos e pinturas de aeronaves. Os historiadores citados, por exemplo, fotografavam os aviões, em aeroportos, hangares, até quando estavam na rua, e depois iam atrás de detalhes de sua vida operacional e curiosidades (quando já não as tinham pesquisado). Cansei de ouvir belas histórias deles, algumas até desenvolvi em reportagens. Fotógrafos historiadores também adoram fotografar detalhes, por menores e mais ocultos que sejam.

Talvez, por nossas companhias atuais serem muito jovens, perto das anciãs Varig, Cruzeiro e Vasp do passado. Talvez pela menor variedade de tipos de aviões (antigamente havia muito mais quadrimotores e trijatos, atraindo muito mais os entusiastas, bem como várias grandes fabricantes). Talvez pela própria era digital, que impõe imediatismo, e, não raras vezes, depois de postadas e muito curtidas, as fotos são apagadas dos celulares. 

Mas nós, saudosistas com sangue historiador, ainda resistimos e nos dedicamos a preservar o passado que os mais jovens não viram, ou só conheceram por fotos.

Foto: Solange Galante


Foto: Solange Galante


Esse foi o caso do projeto de  Luís Guilherme Loffredo. Ele conhecia o aeroporto desde criança e tinha 14 anos quando viu o Congonhas de 1983 que reproduziu e, querendo revivê-lo, começou o desafio de montar uma maquete em escala 1/400 fiel àqueles tempos. 

Ela foi totalmente construída em MFD e mede 3,15 m de comprimento.






Fotos: Solange Galante





A pesquisa histórica ficou por conta do próprio Guilherme e a construção em si ficou a cargo do modelista Hugo Barros. 
Apenas as maquetes (diecast) foram adquiridas prontas e, por serem de empresas que não existem mais, deve ter sido a parte mais cara, demorada e difícil do projeto, pois essas "aves" clássicas são normalmente muito disputadas por colecionadores.

Acompanhe, abaixo, o histórico do projeto com palavras do próprio Guilherme, com fotos do mesmo e de Gustavo Broglio:

Primeiros Passos

Foto: Guilherme Loffredo


 Foto: Guilherme Loffredo


Foto: Guilherme Loffredo


Foto: Guilherme Loffredo


"A ideia de fazer uma maquete de Congonhas já me acompanhava há anos, mas foi em 2014 que pude vislumbrar que seria possível. Em julho daquele ano eu estava em Santa Rita do Passa Quatro e lá conheci o Hugo Barros, um artista de inegável talento. Apesar de frequentar esta cidade há décadas, nunca o tinha visto.Trocamos algumas ideias e ele me disse que fazia, além de diversos objetos em madeira, maquetes em escala. Eu já havia comprado algumas aeronaves na escala 1:400 e, após a nossa conversa, fui atrás de outras que combinavam com o Projeto, ou seja: aeronaves de companhias brasileiras dos anos 1980."



       Escolha do Ano para a Maquete Histórica


 Foto: Guilherme Loffredo



 Foto: Guilherme Loffredo


Foto: Guilherme Loffredo


"A escolha de 1983 foi pessoal, mas também por se tratar de um ano em que a frota nacional de jatos passava por transformações e a operação de wide-bodies estava intensa em Congonhas.
Havia a presença constante dos Airbus A300 da Cruzeiro, Vasp e Varig, e ainda os 767-200 da TransBrasil. Mas todo este movimento seria cessado em janeiro de 1985, com a inauguração do Aeroporto de Guarulhos e a transferência da maioria dos voos para este aeroporto.
Portanto, retratar este momento era reviver todas as imagens que tinha em minha mente deste período maravilhoso da Aviação Comercial  Brasileira."


Foto: Guilherme LoffredoFoto: Guilherme Loffredo


"Para realizar este projeto, juntei todas as fotos de meus arquivos digitais, e ainda as que estavam em minha coleção da Revista Flap (tenho a revista desde agosto de 1980).
Infelizmente, eram poucas as fotos deste ano (1983) tiradas na visão do pátio de aeronaves para os prédios de Embarque, Central e Desembarque. Normalmente, estas são capturadas por passageiros embarcando ou desembarcado das aeronaves, ou ainda por funcionários do aeroporto."

Fases do Projeto



  Foto: Guilherme Loffredo
 Foto: Guilherme Loffredo


 Foto: Guilherme Loffredo


 Foto: Guilherme Loffredo


 Foto: Guilherme Loffredo


 Foto: Guilherme Loffredo


Foto: Guilherme Loffredo


"a)    Aquisição das aeronaves da época em escala 1:400
b)     Organização das Imagens – Fotos, Revistas e Livros como: “No Ar – 60 anos do Aeroporto de Congonhas - Infraero” e “Aeroporto de Congonhas – Terminal de Passageiros – Letícia Bandeira de Mello”
c) Layout – optamos por fazer a maquete englobando a cabeceira 17R, Pista 17R até a segunda intersecção, e mais: Pátio de Aeronaves Pequenas e Médias, Pátio de Aeronaves Wide-Body, Prédios Embarque (Ala Norte), Central, Desembarque(Ala Sul), Estacionamento, Prédio das Autoridades e ainda Hangares Varig e Vasp 
d) Dimensões da Maquete: 317 x 125cm
e) Pista e Pátios das Aeronaves – Hugo fundamentou a base em compensado, pintura fiel aos detalhes e posicionamento das bases dos prédios na maquete.
f) Iluminação Fase I e Cobertura – Hugo realizou a iluminação da pista, da pista de táxi e a cobertura em “grama” dos espaços.
g)   Iluminação Fase II (Cabeceira) e Estacionamento de Carros."


Foto: Guilherme Loffredo


Foto: Guilherme Loffredo



Colaboradores

"- Revista Flap Internacional: entrei em contato com a revista e prontamente (como sempre) fui convidado a visitá-los. Fui recebido pelo Sr. Spagat e Sr. Paulo Berger. Ambos gostaram muito do projeto e deram dicas importantes. Após minha visita colocaram uma nota na página da Web da Revista:

 - Letícia Bandeira – sempre amável e solícita, ajudou muito com a certificação dos prédios.

 - Solange Galante – colaborou com dicas importantíssimas, inclusive a correção da identificação da cabeceira 17 para 16, pois esta mudança só ocorreria em novembro de 1984. Faremos a correção da repintura da indicação da cabeceira em breve.

 - Gianfranco Betting – colaborou indiretamente com o seu acervo magnífico de fotos, pois muitas delas eu havia guardado em meu PC. Aliás, acho que não só eu, mas como todo aficionado por aviação, sempre foi presenteado por suas belíssimas imagens.

 - INFRAERO – fui recebido em Congonhas pela Sra. Camila Angelina Santos, Coordenadora de Comunicação Institucional, que me ofereceu todas as dependências visitáveis do Aeroporto para coleta de imagens. Esta visita foi extremante útil, pois possibilitou tirarmos várias dúvidas que tínhamos de detalhes dos prédios e etc...

- Hugo Barros – além de executar a construção da Maquete, colaborou com suas memórias que tinha do período em que morou próximo ao Aeroporto em sua primeira infância.

- Hilton Mazur – responsável por boa parte da venda das aeronaves em escala e incentivador importantíssimo deste projeto e de outros que realizarei. O Hilton possui um Blog dedicado ao Colecionismo e um Grupo de WhatsApp. Estes possibilitam aficionados, como eu, de adquirir peças raras. Há inúmeros colaboradores neste grupo que, após tomarem conhecimento do projeto, entraram “na viagem” e passaram a colaborar."


Conclusão: concluído!!!

"Sonho realizado e materializado! Vamos para o próximo: Galeão 1983. Projeto em andamento!!!"

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Pois é! O trabalho ficou belíssimo, como comprovei pessoalmente durante evento realizado em outubro passado, quando fiz as fotos acima.

Mas, agora, vamos ao que interessa: Congonhas 1983 está na sala do apartamento do Guilherme mas ele quer tirá-lo de lá! A intenção é deixá-lo permanentemente em exposição, para que todos possam apreciar o trabalho dele! Quem se interessa em expor Congonhas, torná-lo mais próximo de todos os entusiastas, crianças e, porque não, também de adultos saudosistas? Até agora, ele só foi exposto três vezes, nas edições 2018 e 2019 do Grupo de Plastimodelismo de Campinas (GPC), realizados na cidade de Valinhos, e no encontro de colecionadores e entusiastas de aviação realizado em São Paulo há pouco mais de um mês. 

AJUDE NESSA CAMPANHA! Contate Guilherme pelo email guiloffredo@yahoo.com.br ! 

E compartilhe essa hastag: #Congonhas1983_Expo

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A seguir, as belas fotos de Gustavo Broglio:













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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

SITES & BLOGS


RELEMBRANDO O VOO 191

O Jornal Chicago Tribune publicou há alguns meses 39 fotos contando a trágica história do voo 191 da American Airlines que é, até hoje, o maior acidente com apenas uma aeronave ocorrido nos Estados Unidos, sem contar os atos terroristas de 11 de setembro de 2001. Há exatos  40 anos um DC-10 literalmente perdeu o motor esquerdo durante a decolagem e, sem saber o que ocorria, os pilotos seguiram todas as instruções de "perda de (potência de) motor" e o enorme trijato entrou em estol. Na época o acidente me chamou muito a atenção e despertou meu interesse pela aviação.
As fotos de um spotter ajudaram nas investigações.







sábado, 2 de novembro de 2019

PÉROLAS VOADORAS!

USANDO A HISTÓRIA DE OUTRA REVISTA COMO SE FIZESSE PARTE DA DELA...

QUAL O SIGNIFICADO DA PALAVRA "ININTERRUPTAMENTE"?

  advérbioDe maneira ininterrupta; sem interrupção: discursou ininterruptamente durante várias horas.(Fonte: https://www.dicio.com.br )
Sem interrupção. Sem consideração de lapso temporal. "Direto". Sem paradas.(Fonte: https://www.dicionarioinformal.com.br )
advérbiosem interrupçãocontinuamente(Fonte: https://www.infopedia.pt )
Alguma dúvida? Acho que não, não é?
Mas, teria esta revista abaixo sido publicada ininterruptamente de 1957 a 1984? 



NÃO, NÃO FOI PUBLICADA DE 1957 A 1984!!!
Enquanto aguardávamos a publicação das capas das décadas de 1970 a 1980 (conforme abaixo), pesquisamos, pesquisamos... e achamos a resposta definitiva no Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o famoso ITA:

Na verdade a "Aero" que circulou entre 1974 e 1984 foi esta a seguir, revista publicada no Rio de Janeiro e editada por José Ribeiro de Mendonça e NADA tinha a ver com a revista Aero Magazine, nem a das décadas de 1950 e 1960 e nem a de 1994 até hoje!
Primeira edição:
Última edição:
Por sua vez a hemeroteca da Biblioteca Mário de Andrade, de São Paulo, tem a Aero Magazine desde 1953 até o mesmo ano de 1967.


Portanto, refazendo as contas, a Aero Magazine não existe não há 62 anos (com ou sem o "hiato") mas, se começou em 1953 (nem sequer em 1957, como afirmado pela página de Facebook da revista), ela existe no total há 39 aninhos em duas fases, pois teve interrupção de 27 anos!.
Observação: o responsável pela página oficial da revista  no Facebook (um estagiário?) não conseguiu responder o que eu pedi: capas da revista nas décadas de 1970 e 1980, pois, afinal de contas, elas não existem!



                  É muito chato faltar com a verdade para com os leitores...======================================================================