EXCLUSIVO
RIO-GALEÃO COBRA UM MILHÃO
DA ITA
(por Solange Galante)
Após tornar a vida dos passageiros um inferno, a ITA (Itapemirim Transportes Aéreos) também vive seu inferno particular.
A concessionária Rio-Galeão, administradora do aeroporto Antônio Carlos Jobim, cobra exatos R$ 1.287.414,36 da aérea que parou de voar em dezembro – supostamente para passar por reestruturação – por repasse de tarifa de embarque.
Quando deixou os passageiros no chão, Sidnei Piva, presidente do Grupo Itapemirim, alegou que a empresa Orbital "teria retirado seus funcionários do aeroporto abruptamente" e que, por isso, a companhia aérea não pôde atender os clientes e teve que suspender operações.
A Orbital é uma ESATA (Empresa de Serviços Auxiliares ao Transporte Aéreo) e, como tal, providencia escadas para embarque (em aeroportos ou posições no pátio onde não há fingers para conexão à aeronave), bem como push-back e outros importantes serviços. Acontece que, desde a véspera de Natal a própria Orbital cobra mais de R$ 6,4 milhões da ITA por quebra de contrato de prestação de serviços.
Ou seja, só essas duas empresas – com certeza há outras – revindicam quase oito milhões de uma empresa que não vai ter créditos tão cedo, se os tiver um dia, já que a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC – por meio de medida cautelar expedida no último dia 07/01, proibiu a ITA de retomar a venda de passagens aéreas.
Conforme trechos do release expedido pela Agência:
"A decisão vigorará enquanto a empresa não demonstrar o cumprimento de ações corretivas como reacomodação de passageiros, reembolso integral da passagem aérea aos consumidores que optaram por esta alternativa e resposta aos passageiros sobre todas as reclamações registradas na plataforma Consumidor.gov.br, inclusive aquelas cujo prazo de 10 dias tenha sido descumprido pela empresa."A nova decisão da Agência soma-se à suspensão do Certificado de Operador Aéreo (COA) e à imediata suspensão da venda de passagens, adotadas pela ANAC em 17 de dezembro, data em que a Itapemirim anunciou a interrupção de suas operações. A nova medida cautelar aplicada à empresa decorre das ações permanentes de fiscalização em âmbito coletivo exercidas pela ANAC e só será revogada após comprovação do cumprimento integral de todas as obrigações estabelecidas na Resolução ANAC nº 400/2016 (clique no link para acessar)."
Enfim, foi mais uma companhia que vendeu ilusões de serviço diferenciado, respeito ao cliente, nova opção para viajantes e até mesmo emprego, para milhares de pessoas, inclusive com o apoio de agências de turismo, canais e sites especializados e pessoas que queiram se beneficiar com um castelo que, tudo indicava e só os mais inexperientes não percebiam, era de areia.
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