domingo, 1 de março de 2020

PÉROLAS VOADORAS!

UMA PÉROLA MILITAR

(por: Solange Galante)

(Obs: o destaque azul não é original do texto, eu que acrescentei)

Mesmo com 24 anos de experiência ininterrupta em jornalismo de aviação – fora o tempo apenas como entusiasta –, eu confesso que não sei tudo, ainda mais nessa área tão abrangente e que evolui a cada hora. Em relação à aviação militar, então, só escrevi, até hoje, uma matéria, sobre os ensaios em voo do Super Tucano em Gavião Peixoto, muitos anos atrás, para a Aero Magazine. Demais oportunidades que surgiram, com pautas que me foram oferecidas, inclusive para escrever toda uma revista sobre Aviação Militar na América Latina, eu recusei. Por quê? A Aviação Militar é para entendidos em... aviação militar! É outro mundo, com outros interesses, outras fontes de verba etc. Praticamente, em comum com a  aviação civil, é que suas aeronaves também... voam! Mas, é claro, eu também procuro ter uma noção básica sobre a área, justamente para não pagar mico...

Eu sei que as tais "aeronaves que não aparecem no radar", e que são chamadas de "invisíveis", nunca o são totalmente mas possuem baixíssima "assinatura radar" e, para isso, são construídas com formatos e/ou materiais, enfim, com uma tecnologia própria para impedir ao máximo o retorno dos sinais eletromagnéticos dos radares de defesa antiaérea, que denuncia a presença do inimigo. Essas aeronaves são chamadas, em inglês, "stealth" (furtivo).

Acontece que, embora muitas pessoas pensem assim, nem toda aeronave militar é "stealth", nem todo avião norte-americano empregado em guerras são "stealth", e mesmo o famosíssimo e longevo projeto B-52 Stratofortress, com seus oito motores a jato... não é "stealth". O que significa que, infelizmente, ele aparece sim em qualquer radar.

Um site que costuma escrever belas reportagens sobre aviação militar é o Airway e, coincidentemente, achei uma matéria deles ( https://www.airway.com.br/como-funcionam-os-avioes-invisiveis ) que mostra o quanto é grande a "assinatura radar" do B-52, comparada a um avião realmente "stealth", no caso, o F-117.

Creio que o redator do Aeroin estivesse confundindo o B-52 com o Bombardeiro B-2, que já esteve na FIDAE (quando eu também estava lá, aliás), que é, este sim, "stealth". 

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