domingo, 30 de outubro de 2022

SPEECH

E X C L U S I VO

O PR-IOC, CADA VEZ MAIS DISTANTE DE ENTRAR EM OPERAÇÃO DEFINITIVAMENTE

(por Solange Galante)

(Foto: Diego Rhamon)


Ele apareceu em vários canais do Youtube. O giro de seus motores, ainda em São José dos Pinhais, no início do ano passado, entusiasmou todos que torcem por uma aviação comercial brasileira saudável e repleta de companhias aéreas.

Primeiro, fez um voo curto até São José dos Campos mas a contratação de sua manutenção pela Digex não deu muito certo.

Uma revista especializada em aviação ajudou na publicidade da empresa, ignorando "de propósito" que outra empresa também atua com Boeing 727-200 no Brasil, e há muito mais tempo. (Veja em: https://caixapretadasolange.blogspot.com/2022/04/nao-e-bem-assim.html )

De autorização especial em autorização especial, o PR-IOC conseguiu decolar rumo ao Aeroporto Internacional de Brasília, onde chegou quase no fim de 2021. Mas, após fazer esse ferry flight para a capital federal, com o perdão do trocadilho, ASAS Linhas Aéreas se ferrou.

Não bastasse a empresa passar por sérios problemas de caixa antes mesmo de começar a operar, várias fontes fidedignas que não querem ser identificadas por ter ligação muito estreita com a companhia confirmam a realidade nua e crua: ASAS foi enganada e lesada!

Após tomar muito sol do Planalto Central, mas muito mesmo, a aeronave foi parcialmente hangarada ali mesmo no Aeroporto JK. A intenção era sofrer toda a manutenção necessária para finalmente começar a fazer dinheiro. E parecia que isso realmente aconteceria: diversos sites publicaram fotos da aeronave em cavaletes, sem os motores, e com algumas pessoas ao seu redor. Mas ficou só no "parecia".

Encenação ou não, por parte da empresa contratada para o serviço, o fato é que, segundo várias fontes próximas, a empresa aérea levou um chapéu da JF Aviation que, aparentemente não cumpriu nadinha do combinado, e o Boeing 727 encontra-se semi-abandonado em um gigantesco hangar do Aeroporto de  Brasília, cujo proprietário/locatário já estaria até pensando em pedir o despejo do trijato.

Para complicar a situação, o 727 está sem seus trens de pouso, removidos para suposto check periódico, mas que ainda não retornaram ao hangar para serem reinstalados no avião, pois não teriam ainda passado por cheque algum. Consta, inclusive, que essa reinstalação só seria autorizada após o serviço concluído e aprovado mas, se ele não estiver sendo feito, o avião terá que esperar por mais tempo no hangar que está ocupando provisoriamente.

Sem voar, ASAS luta na Justiça por uma indenização da empresa de manutenção que não a atendeu, empresa esta, aliás, que aparece em vários processos como ré, inclusive alguns, pelo menos um de autoria da concessionária do aeroporto de Brasília e outro da ANAC.  Esta jornalista tentou entrevista com o proprietário da JF Aviation várias vezes, mas ele sempre se esquivou. 

O tempo passa, aliás, voa, as dívidas se acumulam, e a ASAS poderá, infelizmente, mesmo depois de tanto auê por parte de alguns órgãos de "imprença", começar a cair no esquecimento.


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