sábado, 16 de abril de 2022

NÃO É BEM ASSIM

 

"... como falamos, como escrevemos,


como publicamos, como digitamos..."


Pérolas, deslizes e outros erros que

 acontecem por aí


(Em substituição ao "Pérolas Voadoras")

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Vamos aos destaques de hoje!!! Sempre com a intenção de observar para ensinar!!!

Submeti a reportagem abaixo a uma especialista que pesquisa sobre o Boeing 727 há pelo menos 30 anos (ou seja, três décadas, mais tempo do que o tempo de publicação da revista em sua fase atual). 


(Fonte: Aero Magazine n. 333, fevereiro de 2022)

Recebi os comentários dele em áudio, arquivo este salvo e que transcrevo abaixo como falado:

"Artigo muito mal escrito, na minha opinião. Foram várias besteiras lá, várias besteiras. Ele cai na besteira de falar que a fuselagem do 727 foi inspirada na do 707 mas (na verdade, foi) só na parte superior da fuselagem, embaixo não tem nada a ver. Ele fala que o 727 usa a mesma fuselagem do 707. E quando ele fala que os motivos pelos quais o 727 não deu certo, ele não cita corretamente o motivo mais importante que é exatamente a evolução do motor turbofan, que fez com que ele não tivesse condição de evoluir da mesma maneira, pela altura dele, 727, não tinha condição de colocar os motores debaixo das asas e, para colocar os motores atrás, entendeu, turbofans, ele iria ficar numa condição, usando dois motores somente, não seria novamente o Boeing 727. Depois, quando o 727 deixou de ser fabricado,  ele fala que o avião foi substituído pelo Boeing 737-300, quando, na verdade, não tem nada a ver, o avião que substituiu o 727 é o 757, e o autor coloca que já estava em uso, em operação, cara, confunde pra c... E, na hora de falar dos em operação no Brasil ele fala como se só tivesse um 727 operando, não menciona os da Total, enfim, uma série de barbaridades... Enfim, eu vou ser bem sincero, não vou nem perder tempo de ficar anotando, é muito fraca a matéria, feita para dar uma puxada de saco no pessoal da Asas... Bom, eu não compro a Aero há séculos, na minha vida... e vou continuar sem comprar... Ah, ele falou uma besteira enorme lá também, eu tinha esquecido disso: ele falou que os aviões  remotorizados usam o motor Rolls-Royce, o do F-100, aquele Tay. Não é verdade. Os 727 remotorizados usam as JT8D da série 200, como a 217C e a 219, criadas para os MD-80.Os únicos 727 que usaram motores Tay da RR foram aqueles QF da UPS, inclusive, eles tinham uma mudança enorme no duto central porque a turbina (sic) central dele também era trocada. Em geral os remotorizados só têm nas laterais e algumas vezes na turbina (sic) central não tem. Mas o cara falar que os remotorizados usam a turbina (sic) Tay é uma besteira enorme."

Ele também comentou que o começo do texto parece tirado do livro recentemente publicado "Enciclopédia Boeing 717". "No começo, o autor fala algumas coisas de maneira bem encadeada de maneira próxima ao volume um da enciclopédia."


Em acréscimo, eu observo que a revista ignorou por completo a existência de três Boeing 727-200F voando no Brasil, pela Total Linhas Aéreas. Enquanto que o 727 da Asas nem entrou em manutenção ainda, quanto mais está operando... Cadê a isenção da revista nesta matéria claramente tendenciosa, paga?

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"Pela primeira vez, Oshkosh registrou a presença de veículos aéreos de decolagem e pouso verticais, os chamados eVTOL."

(Fonte: Aero Magazine n. 327, agosto de 2021)

Em inglês, eVTOL significa electric vertical take-off and landing aircraft, cuja tradução é "aeronave ELÉTRICA de decolagem e pouso vertical".

Para comprovar: (Fonte: https://www.icao.int/Meetings/Stocktaking2021/Pages/prest4.aspx )

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"A Surinam Airways opera cinco voos semanais entre Belém, no Pará e Paramaribo, no Suriname (...). Às terças, quintas e sábados, as aeronaves pousam na capital cearense após decolar de Paramaribo (...)."

(Fonte: Revista Avião Revue, novembro de 2014)

Bom... os voos eram para a capital PARAENSE, é óbvio...

Precisa de  comprovação? 
Bom, a malha aérea atual da empresa é idêntica a de oito anos atrás.



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QUIZZ !!!


O que tem de errado na legenda desta foto?


(Fonte: Revista Flap, agosto de 2013)



4 comentários:

  1. O correto seria AW 189 e nao AN 189.

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    1. Parabéns! Isso mesmo: é uma aeronave AW 189 de Agusta-Westland (hoje, Leonardo) 189. An-189 só se fosse fabricada pela Antonov... Abraços!

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  2. Pegou o N lá do WestlaNd... Rsrs

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