EXCLUSIVO
"A vocação da Total é
voltar a ser uma linha aérea regional"
PAULO ALMADA
O consultor à frente da renovaçãoda Total Linhas Aéreas(por Solange Galante)
No final de dezembro do ano passado,
postagens entusiasmadas do senador Alan Rick (União Brasil/AC) surpreenderam o
mercado de aviação com o anúncio, durante um evento em Brasília, de que a Total
Linhas Aéreas estava retornando aos voos regionais regulares com novas
aeronaves, nova logomarca e rotas para transporte de passageiros a partir principalmente
de Brasília para diversos estados. Na mesma cerimônia e postagens, o empresário
Paulo Almada foi citado como CEO da companhia com sede em Belo Horizonte. Tudo
foi tão repentino que, é claro, especulações surgiram mas nada ainda havia sido
detalhado.
Procurei, então, Paulo Almada, que
gentilmente deu uma entrevista exclusiva a este Blog para esclarecer alguns
pontos da renovação da Total. Paulo Marcos Almada de Abreu Junior é, atualmente, assessor parlamentar comissionado do Senador Carlos Viana (Podemos/MG), mas já
participou de empreendimentos anteriores na aviação comercial. Acompanhe.
Caixa
Preta: Quando o senhor assumiu como CEO, ou mesmo presidente, da Total, como
foi divulgado?
Paulo Almada: (risos) Não, ainda não assumi... Tenho um cargo público
e o compromisso de ficar nele por mais um mês. No momento eu sou consultor para
a Total. No momento, quem está dirigindo a empresa é o Sr. Paulo Henrique
Viana, CFO, juntamente com o Sr. Ademir Knop, que continua na empresa.
Segundo
Paulo Almada, por trás dessa renovação da Total há um grupo norte-americano de
logística interessado em operar uma empresa regional de passageiros no Brasil. “Vivemos uma situação de um grande país onde a aviação
regional é muito mal trabalhada.”
Caixa
Preta: Quais os planos para a empresa?
Paulo Almada: “O plano inicial da Total é estabelecer de novo suas
operações regionais e chegamos a anunciar a chegada de alguns ERJ-145 e estamos
estudando se efetivamente será o 145 ou o EMBRAER 175 porque há uma certa
dificuldade em manutenção etc. Mas ficou assegurado que a empresa vai crescer
com os ATR até o limite de dez aeronaves até o final deste ano. A empresa já
possui dois, um está em manutenção, o outro está hoje em Cabo Frio (RJ), e já
está chegando por aí mais um ATR-42 e depois vão chegar os ATR-72, estamos
em negociação para adquiri-los.
Estamos
também em negociação para adquirir quatro ou cinco jatos. Tínhamos planejado
colocar o 145XR mas agora, no decorrer do processo, começamos a ver a
dificuldade quanto à parte de peças. Já o ATR é o avião da casa, tem um estoque
de peças bem grande, tem oficina própria, e o natural do processo é seguir com
o ATR. E o avião a jato que chegará será o avião que trará aquela solidez nas
rotas que a gente precisa fazer, virá após mais estudos, vamos nos aprofundar
com mais calma.
Estamos
conversando com outras empresas aéreas também sobre parcerias porque a vocação
da Total é voltar a ser uma linha aérea regional.”
Caixa
Preta: O 145 tem custo por assento elevado... Tanto que a Rio Sul e a Passaredo
chegaram ao ponto não conseguir mais manter esse avião na frota.
Paulo Almada: Exatamente, mas não sei se você acompanha, o XR é a
última versão e é um avião de tiro longo, e no tiro longo esse avião é
rentável. Se você colocar em Alagoas, Maceió, para Brasília, ele é rentável
duas vezes ao dia, vai pela manhã, 50 passageiros, à noite, mesma coisa. Então
o passageiro tem a capilaridade de ir e voltar no mesmo dia, fazer as visitas
comerciais dele, retornar e dormir em casa. É um avião muito bem voltado para
esse nicho da aviação nas pequenas capitais, estamos tentando colocar um avião
com a dimensão do mercado em que ele precisa operar. Já o ATR, obviamente, para
o tiro longo ele é impreciso. Não dá para fazer um Rio Grande do
Norte-Brasília. Já estamos realizando uma pré-seleção para pilotos de ATR e de
Boeing (737).
Caixa
Preta: Qual é a empresa investidora?
Paulo
Almada:
É uma empresa americana de logística e que se reserva neste momento a não ter o
nome revelado até que esteja tudo certo com a ANAC.
Caixa
Preta: Lado a lado com os voos regulares com passageiros, vocês pretendem
entrar em novas licitações dos Correios?
Paulo Almada: Certamente. Já está chegando mais um 737-400. Agora em
fevereiro deverá chegar.
Caixa
Preta: E quanto aos Boeing 727? Comenta-se que seriam proibidos de voar nos
Estados Unidos, em breve, e uma consequente desativação do único simulador
utilizado para treinamento de tripulações em todo o mundo, localizado na
Flórida. Já há planos para desativar os da Total?
Paulo Almada: “Essa história de que os 727 serão desativados já faz
uns 10 anos que é falada. Quanto à questão do simulador, tem um simulador
desativado hoje no Brasil que pode ser reativado, era da Varig. Em todo caso,
não se desativa um simulador se ainda tem negócio para ele – da Total, por
exemplo. Mas sim, com o tempo faremos o phase out, que já começou, na verdade. Está
chegando mais um 737-400F, agora em fevereiro, um equipamento mais atual,
depois iremos atrás de outro até concluirmos a phase out. Mesmo chegando o 737
continuaremos com nossos 727 e creio que levará ainda uns dois ou três anos
para concluirmos a mudança. Já estamos conversando com alguns segmentos e
colocando nossos aviões à disposição do mercado.
Há 10
anos Paulo Almada participou do projeto da POP Linhas Aéreas do Brasil, em
parceria com os holandeses da Rekkof, que tinham intenção de montar uma fábrica
no Brasil, em Anápolis (GO), para a construção da nova geração do conhecido
jato Fokker 100. Almada explicou que a POP começaria a voar regularmente utilizando
o 737-300 da companhia de fretamentos Whitejets e depois prosseguiria operando
com os novos Fokker 100. “O projeto da fábrica não chegou a um acordo, naquele
período, com o Governo do Brasil, então se tomou a decisão de se parar o
desenvolvimento da companhia, e o casamento POP/Whitejets, após quase um ano de
conversações, não se concretizou.”
Após
ter trabalhando na extinta Lloyd Aereo Boliviano (LAB) Paulo Almada manteve
seus contatos naquele país, onde foi criada posteriormente a Líneas Aéreas
Ecojet. “A minha relação com
a Ecojet é a mesma que eu tenho hoje com a Total, presto consultoria
aeronáutica, o pessoal da Ecojet são amigos pessoais meus e a empresa vai voar
para o Brasil ainda este ano.”
Enquanto
isso, a subsidiária brasileira Ecojet Linhas Aéreas Ltda já está constando na
internet como ativa e utilizando o antigo CNPJ da POP, tendo como
sócio-administrador Paulo Almada. Mas essa empresa, Paulo garante, não tem qualquer relação com
a renovada Total.
Caixa
Preta: E para os funcionários da Total que dizem que até agora estão boiando na
história, qual o seu recado para tranquilizá-los?
Paulo Almada: Uma empresa que está crescendo não procura demitir não.
Só para te lembrar um detalhe: mão de obra técnica de empresa aérea não é coisa
que se acha no anúncio de jornal. No geral, eu diria que mais de 90% da empresa
vai permanecer no quadro, a não ser que não queiram ficar, estamos trabalhando
com essa intenção. Lembrando que nesse momento eu não estou na direção da
empresa. Continuam o Ademir e o Paulo Henrique. Eu estou na prestação da
consultoria para a qual fui contratado.”
Caixa
Preta: Mas já está certo que o cargo de presidente, ou de CEO, será seu?
Paulo Almada: Não... Realmente, eu nem faço questão. Eu estive
conversando com os americanos na parte da manhã (desta quinta-feira) e deixei
muito claro para eles que estou vivendo um momento muito confortável da minha
vida não estou tão ansioso para poder tocar algum empreendimento, mas gozo da
confiança deles, e isso é bem bacana.”
Caixa
Preta: Aquele logo que foi apresentado será adotado na empresa inteira, ou
seja, até no segmento de cargo?
Paulo Almada: Será adotado na empresa toda.
Caixa
Preta: O 737 (PS-TLA) já tinha começado a ser pintado em outro esquema, que será
descartado, portanto, não vai vigorar mais?
Paulo Almada: Não. A empresa vai passar por uma reestilização. Os
novos ATRs virão com a nova pintura, o ATR que já está aqui para reiniciar os
voos vai demorar um pouco mais, será pintado quando vier a manutenção. Aguardamos
só a confirmação do lessor para receber os turboélices, primeiro um 600 e em
seguida um 500.
Ele
confirmou que o ATR da empresa já está em Cabo Frio sendo preparando para começar
a operar com fretamentos no Carnaval. “Após
o Carnaval ele entra em linha regular, junto com os outros que estão chegando.”
Foto: divulgação
Enfim,
esses são os planos para a nova Total Linhas Aéreas. Não é segredo que a Total
sempre pretendeu retornar ao mercado regional, mesmo após ter vendido essa sua
operação para a hoje extinta TRIP, e estava aguardando bons ventos da economia
para isso. Pode ser que agora decole nesse rumo. Cautelosamente, devemos sempre
apoiar tais iniciativas, pois de projetos naufragados o Brasil não aguenta mais.
O detalhe e o diferencial é que este projeto começa com uma empresa que já
existe consolidada há décadas. Ficaremos na torcida.
No final de dezembro do ano passado,
postagens entusiasmadas do senador Alan Rick (União Brasil/AC) surpreenderam o
mercado de aviação com o anúncio, durante um evento em Brasília, de que a Total
Linhas Aéreas estava retornando aos voos regionais regulares com novas
aeronaves, nova logomarca e rotas para transporte de passageiros a partir principalmente
de Brasília para diversos estados. Na mesma cerimônia e postagens, o empresário
Paulo Almada foi citado como CEO da companhia com sede em Belo Horizonte. Tudo
foi tão repentino que, é claro, especulações surgiram mas nada ainda havia sido
detalhado.
Procurei, então, Paulo Almada, que
gentilmente deu uma entrevista exclusiva a este Blog para esclarecer alguns
pontos da renovação da Total. Paulo Marcos Almada de Abreu Junior é, atualmente, assessor parlamentar comissionado do Senador Carlos Viana (Podemos/MG), mas já
participou de empreendimentos anteriores na aviação comercial. Acompanhe.
Caixa
Preta: Quando o senhor assumiu como CEO, ou mesmo presidente, da Total, como
foi divulgado?
Paulo Almada: (risos) Não, ainda não assumi... Tenho um cargo público e o compromisso de ficar nele por mais um mês. No momento eu sou consultor para a Total. No momento, quem está dirigindo a empresa é o Sr. Paulo Henrique Viana, CFO, juntamente com o Sr. Ademir Knop, que continua na empresa.
Segundo
Paulo Almada, por trás dessa renovação da Total há um grupo norte-americano de
logística interessado em operar uma empresa regional de passageiros no Brasil. “Vivemos uma situação de um grande país onde a aviação
regional é muito mal trabalhada.”
Caixa
Preta: Quais os planos para a empresa?
Paulo Almada: “O plano inicial da Total é estabelecer de novo suas operações regionais e chegamos a anunciar a chegada de alguns ERJ-145 e estamos estudando se efetivamente será o 145 ou o EMBRAER 175 porque há uma certa dificuldade em manutenção etc. Mas ficou assegurado que a empresa vai crescer com os ATR até o limite de dez aeronaves até o final deste ano. A empresa já possui dois, um está em manutenção, o outro está hoje em Cabo Frio (RJ), e já está chegando por aí mais um ATR-42 e depois vão chegar os ATR-72, estamos em negociação para adquiri-los.
Estamos
também em negociação para adquirir quatro ou cinco jatos. Tínhamos planejado
colocar o 145XR mas agora, no decorrer do processo, começamos a ver a
dificuldade quanto à parte de peças. Já o ATR é o avião da casa, tem um estoque
de peças bem grande, tem oficina própria, e o natural do processo é seguir com
o ATR. E o avião a jato que chegará será o avião que trará aquela solidez nas
rotas que a gente precisa fazer, virá após mais estudos, vamos nos aprofundar
com mais calma.
Estamos
conversando com outras empresas aéreas também sobre parcerias porque a vocação
da Total é voltar a ser uma linha aérea regional.”
Caixa Preta: O 145 tem custo por assento elevado... Tanto que a Rio Sul e a Passaredo chegaram ao ponto não conseguir mais manter esse avião na frota.
Paulo Almada: Exatamente, mas não sei se você acompanha, o XR é a última versão e é um avião de tiro longo, e no tiro longo esse avião é rentável. Se você colocar em Alagoas, Maceió, para Brasília, ele é rentável duas vezes ao dia, vai pela manhã, 50 passageiros, à noite, mesma coisa. Então o passageiro tem a capilaridade de ir e voltar no mesmo dia, fazer as visitas comerciais dele, retornar e dormir em casa. É um avião muito bem voltado para esse nicho da aviação nas pequenas capitais, estamos tentando colocar um avião com a dimensão do mercado em que ele precisa operar. Já o ATR, obviamente, para o tiro longo ele é impreciso. Não dá para fazer um Rio Grande do Norte-Brasília. Já estamos realizando uma pré-seleção para pilotos de ATR e de Boeing (737).
Caixa Preta: Qual é a empresa investidora?
Paulo Almada: É uma empresa americana de logística e que se reserva neste momento a não ter o nome revelado até que esteja tudo certo com a ANAC.
Caixa Preta: Lado a lado com os voos regulares com passageiros, vocês pretendem entrar em novas licitações dos Correios?
Paulo Almada: Certamente. Já está chegando mais um 737-400. Agora em fevereiro deverá chegar.
Caixa Preta: E quanto aos Boeing 727? Comenta-se que seriam proibidos de voar nos Estados Unidos, em breve, e uma consequente desativação do único simulador utilizado para treinamento de tripulações em todo o mundo, localizado na Flórida. Já há planos para desativar os da Total?
Paulo Almada: “Essa história de que os 727 serão desativados já faz uns 10 anos que é falada. Quanto à questão do simulador, tem um simulador desativado hoje no Brasil que pode ser reativado, era da Varig. Em todo caso, não se desativa um simulador se ainda tem negócio para ele – da Total, por exemplo. Mas sim, com o tempo faremos o phase out, que já começou, na verdade. Está chegando mais um 737-400F, agora em fevereiro, um equipamento mais atual, depois iremos atrás de outro até concluirmos a phase out. Mesmo chegando o 737 continuaremos com nossos 727 e creio que levará ainda uns dois ou três anos para concluirmos a mudança. Já estamos conversando com alguns segmentos e colocando nossos aviões à disposição do mercado.
Há 10 anos Paulo Almada participou do projeto da POP Linhas Aéreas do Brasil, em parceria com os holandeses da Rekkof, que tinham intenção de montar uma fábrica no Brasil, em Anápolis (GO), para a construção da nova geração do conhecido jato Fokker 100. Almada explicou que a POP começaria a voar regularmente utilizando o 737-300 da companhia de fretamentos Whitejets e depois prosseguiria operando com os novos Fokker 100. “O projeto da fábrica não chegou a um acordo, naquele período, com o Governo do Brasil, então se tomou a decisão de se parar o desenvolvimento da companhia, e o casamento POP/Whitejets, após quase um ano de conversações, não se concretizou.”
Após ter trabalhando na extinta Lloyd Aereo Boliviano (LAB) Paulo Almada manteve seus contatos naquele país, onde foi criada posteriormente a Líneas Aéreas Ecojet. “A minha relação com a Ecojet é a mesma que eu tenho hoje com a Total, presto consultoria aeronáutica, o pessoal da Ecojet são amigos pessoais meus e a empresa vai voar para o Brasil ainda este ano.”
Enquanto
isso, a subsidiária brasileira Ecojet Linhas Aéreas Ltda já está constando na
internet como ativa e utilizando o antigo CNPJ da POP, tendo como
sócio-administrador Paulo Almada. Mas essa empresa, Paulo garante, não tem qualquer relação com
a renovada Total.
Caixa Preta: E para os funcionários da Total que dizem que até agora estão boiando na história, qual o seu recado para tranquilizá-los?
Paulo Almada: Uma empresa que está crescendo não procura demitir não. Só para te lembrar um detalhe: mão de obra técnica de empresa aérea não é coisa que se acha no anúncio de jornal. No geral, eu diria que mais de 90% da empresa vai permanecer no quadro, a não ser que não queiram ficar, estamos trabalhando com essa intenção. Lembrando que nesse momento eu não estou na direção da empresa. Continuam o Ademir e o Paulo Henrique. Eu estou na prestação da consultoria para a qual fui contratado.”
Caixa Preta: Mas já está certo que o cargo de presidente, ou de CEO, será seu?
Paulo Almada: Não... Realmente, eu nem faço questão. Eu estive conversando com os americanos na parte da manhã (desta quinta-feira) e deixei muito claro para eles que estou vivendo um momento muito confortável da minha vida não estou tão ansioso para poder tocar algum empreendimento, mas gozo da confiança deles, e isso é bem bacana.”
Caixa
Preta: Aquele logo que foi apresentado será adotado na empresa inteira, ou
seja, até no segmento de cargo?
Paulo Almada: Será adotado na empresa toda.
Caixa Preta: O 737 (PS-TLA) já tinha começado a ser pintado em outro esquema, que será descartado, portanto, não vai vigorar mais?
Paulo Almada: Não. A empresa vai passar por uma reestilização. Os novos ATRs virão com a nova pintura, o ATR que já está aqui para reiniciar os voos vai demorar um pouco mais, será pintado quando vier a manutenção. Aguardamos só a confirmação do lessor para receber os turboélices, primeiro um 600 e em seguida um 500.
Ele
confirmou que o ATR da empresa já está em Cabo Frio sendo preparando para começar
a operar com fretamentos no Carnaval. “Após
o Carnaval ele entra em linha regular, junto com os outros que estão chegando.”
Foto: divulgação
Enfim, esses são os planos para a nova Total Linhas Aéreas. Não é segredo que a Total sempre pretendeu retornar ao mercado regional, mesmo após ter vendido essa sua operação para a hoje extinta TRIP, e estava aguardando bons ventos da economia para isso. Pode ser que agora decole nesse rumo. Cautelosamente, devemos sempre apoiar tais iniciativas, pois de projetos naufragados o Brasil não aguenta mais. O detalhe e o diferencial é que este projeto começa com uma empresa que já existe consolidada há décadas. Ficaremos na torcida.
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