UMA HISTÓRIA DE DESCASO COM A HISTÓRIA
DA AVIAÇÃO MILITAR BRASILEIRA
DA AVIAÇÃO MILITAR BRASILEIRA
No ano passado eu, infelizmente, perdi quatro grandes amigos, todos ligados à Aviação.
Um deles, Ney Langsch Senandes , ex-piloto da Varig, conheci pela internet, onde ele tratava de assuntos técnicos sobre aviação (navegação aérea, pilotagem etc), Lendo-o, contatei-o, depois, para que me tirasse algumas dúvidas, o que ele prontamente atendeu, e por inúmeras vezes nos anos seguintes.
Transplantado de fígado, quando já se encontrava afastado dos voos comerciais por diversos problemas de saúde, Ney Senandes, porém, jamais se afastou da aviação. Seja como instrutor de voo, seja batalhando pela preservação de sua história, tanto civil quanto militar.
Trocávamos ideias por email ou telefone, e em algumas vezes, quando estive em Porto Alegre, onde residia.
Em dado momento de nossa amizade me contou do caso de um avião bombardeiro da Força Aérea Brasileira que teria sido vendido para estrangeiros e ido parar nos Estados Unidos, justamente quando, após ter sido doado ao Museu de Aeronáutica de São Paulo – aquele que existia no Parque do Ibirapuera – aqui deveria repousar, para ser contemplado pelos visitantes em terras brasileiras.
O momento intenso de trabalho que eu vivia na época em que me passou detalhes do caso, me impediu de desenvolver uma reportagem a respeito, como ele sugerira. Aliás, as revistas para as quais eu escrevia não eram interessadas em matérias desse teor e eu não tinha ainda este Blog para ter liberdade de publicação, de modo que o tempo foi passado e a matéria não foi produzida. Mas, o comandante Senandes já havia me passado muito material sobre o caso, inclusive cópias de fotos em papel.
Que eu decidi, agora, aqui publicar, como forma de homenagem a um homem muito mais interessado na história da aviação brasileira do que muita gente de nosso meio. São emails e fotos (todas de sua autoria) e capa da revista onde o bombardeiro reapareceu, após ter deixado para sempre o Brasil.
Observo que, na época em que eu tive conhecimento do caso do avião, cheguei a comentar com uma pessoa, hoje também falecida, o caso, que essa pessoa negou ter acontecido, mas cujos argumentos não anotei. Ou seja, a publicação deste material será "mão única", com apenas os relatos e material oriundos de Ney Senandes, mas sendo possível que o contraditório se levante contra a questão, o que será bem-vindo para o debate.
Mas, reforço também, estou publicando apenas o que meu saudoso amigo compilou, como não fui a fundo na história, não tenho como provar os lados A ou B.
E que o tempo prove o que aconteceu de fato ao A-26B da FAB matriculado 5174.
Fotos: Ney Langsch Senandes (in memoriam)
E-mails em ordem de data de envio. Alguns nomes foram excluídos. "Prenda" é o apelido que Senandes me deu, era como sempre me chamava.
Nas três fotos abaixo,o avião ainda na FAB.
Obs: abaixo, legenda no verso da foto acima.
Nas fotos a seguir,o avião prestes a ir embora do Brasil.
Abaixo, na seta, o nome da FAB, apagado.
Abaixo, o 5174, capa da revista Air Classics
A aeronave havia sido doada ao Museu de Aeronáutica de São Paulo e nem mesmo sua provável venda salvou a instituição de fechar as portas. Hoje, ela está nos Estados Unidos: valeria a pena ter permanecido no Brasil?
Como estaria, ainda preservada?
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