segunda-feira, 30 de julho de 2018

***Colaboração***

Lembremo-nos dos bombeiros também!!!






(por Ruy Flemming)

O acidente no Campo de Marte foi muito triste.
Sinto demais a perda do nosso colega, Cmte. Antonio Traversi. Que Deus conforte sua família. Espero que os demais ocupantes se recuperem logo pra seguir suas vidas.
Pelas imagens que todos vimos seu King Air girou de asa, bateu de cabeça para baixo e incendiou-se. Foi um milagre tantos saírem vivos.
Aconteceu no coração de São Paulo e levantou diversas questões que foram amplamente discutidas nos grupos de pilotos nas redes sociais. Várias foram bastante interessantes.
A conversa entre pilotos sobre acidentes é saudável. Aumenta o nível de alerta. Aumenta a segurança. É saudável sempre que for respeitosa.
Teve quem manifestasse a preocupação em alguém aproveitar o episódio para voltar com a velha história de fechar o Campo de Marte e outros aeroportos que foram engolidos por cidades.
Houve também a inevitável comparação com outro King Air que se acidentou em Jundiaí há alguns anos.
Alguém questionou se o comandante estaria em dia com seus treinamentos em simulador.
Outro perguntou se não seria melhor o comandante estar voando com um copila.
Vi na TV as costumeiras atrocidades. O King Air seria da Cessna e seria um monomotor. O trem de pouso estaria na “posição de decolar”, como se fosse diferente da “posição de pousar”.
Na mesma linha de atrocidades, alguém da TV aproveitou para falar de táxi aéreo “pirata”, embora esse não tenha sido o ponto crucial do acidente.
Como se toda a Aviação Geral que não seja táxi aéreo fosse clandestina e estivesse fadada a sofrer um acidente no próximo voo.
Como se as empresas de táxi aéreo não estivessem sofrendo com o excesso de regulamentação, mas isso não foi citado na matéria.
O PP-SZN não era clandestino.
Outro ponto levantado e que achei interessante, foi o fato de o aeroporto do Campo de Marte ter ficado mais de 24 horas fechado em função do acidente. A pergunta que veio foi: - Nas mesmas condições, se fosse um aeroporto onde opera a Aviação Comercial, ficaria tanto tempo interditado quanto ficou interditado esse aeroporto da Aviação Geral?
Poucos, porém, deram a devida ênfase àquele pessoal que fez toda a diferença.
Os bombeiros.
Foram nota 10!
Boa parte do milagre que aconteceu leva o nome desses anônimos.
Parabéns!

(por Solange Galante)

De fato, reparei nisso. Os bombeiros, em menos de 30 s, já estavam atuando, o que foi decisivo para a sobrevida de quase todos!
Por que puderam agir tão rápido?
Porque o piloto declarou problemas na primeira aproximação, arremeteu mais duas vezes, e isso fez com que a Infraero acionasse as equipes de emergência posicionadas do lado da pista. Aliás, essas equipes correram enorme risco de serem engolidas pelo fogo, ou do avião cair bem sobre elas, como verificamos pelas imagens.
Se muitos fatores podem resultar na concretização de um acidente, muitos também podem resultar na sobrevivência, mesmo em um acidente aéreo.
E que Deus conforte a família das vítimas, especialmente do piloto, único falecido nessa tragédia.

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