CP 127 -
junho de 2016
AS PESSOAS DA AVIAÇÃO
Absolutamente
nada nos atrai mais na aviação do que a máquina, a tecnologia, as leis da
aerodinâmica.
Mas quem faz a
aviação são as pessoas. Elas são o principal diferencial entre as companhias
aéreas, as indústrias aeronáuticas, a satisfação de voar.
Recentemente
participei de um grande encontro de ex-funcionários da Vasp, ocorrido em São
Paulo, no início de junho. Com número recorde de participantes, 230 pessoas.
A Vasp foi uma
das últimas das grandes empresas aéreas brasileiras a se despedir do mercado,
pouco antes da Varig, pouco depois da Transbrasil. Décadas antes havia sido a
Panair. Cujos funcionários remanescentes até hoje ainda se reúnem para não
deixar a chama se apagar. E justamente sob esse lema, “A chama que não se
apaga”, os ex-funcionários da empresa septuagenária abraçaram-se,
presentearam-se, riram e choraram juntos seu passado glorioso. Relembraram dos
colegas, quando ainda na ativa, por meio de fotos apresentadas em um telão.
Relembraram as aventuras do dia-a-dia de uma empresa aérea internacional e
mostraram que a Vasp tem tudo para não morrer, devido às pessoas por trás dela,pelo
menos na memória de todos e na história da aviação comercial brasileira. As
fotos de minha participação estão mais adiante, nesta Caixa Preta Mensal.
* * * * *
*A TAM ACABOU. A EMPRESA AÉREA E A MARCA. O QUE ISSO SIGNIFICA?*
(Este editorial foi
publicado neste Blog no ano passado, e republico agora que o nome LATAM começou
oficialmente a valer.)
Sob
um ponto de pista, menos do que o fim da Real, da Aerovias Brasil e da Panair
do Brasil. Menos do que significou o fim da Transbrasil, da Cruzeiro do Sul, da
Vasp e da Varig. Pois a TAM foi um divisor de águas. A aviação comercial
brasileira pode ser dividida em AT e DT: antes e depois da TAM. Rolim Adolfo
Amaro, fundador da companhia aérea (embora não do Táxi Aéreo Marília) era
piloto, gostava de voar e entendia de aviação. Mas era, sobretudo, um
empresário. Um empresário e uma raposa na aviação. Qual era o primeiro
mandamento da TAM? “Nada substitui o lucro”. Os outros empresários da aviação
não pensavam assim. Talvez, por isso, sucumbiram antes. Mas Rolim era um
empresário como todos os empresários gostariam de ser e poucos conseguem: era
inovador, ousado, e cria da casa, tudo isso junto.
Mas,
por outro lado, o fim da TAM pode significar mais do que o fim de todas as
companhias acima citadas. Basta ver o histórico da Lan, a companhia aérea e seu
respectivo país natal – Chile – que compraram a TAM. Histórico de segurança de
voo, principalmente. A TAM conseguiu a proeza de destruir a reputação de um
avião que era sucesso em todo o mundo e, quem sabe, não teve seu “zero vírgula
alguma coisa de participação” na falência da Fokker? Ainda hoje, especialmente
no Brasil, em alguns casos, o nome composto “Fokker 100” é tabu. Por quê? Por
causa de mais de 100 mortes. E a má fama da TAM começou ainda sob a gestão de
um Rolim vivo e celebrado: a imagem de companhia regional “Number One” caiu em
forma de um outdoor voador sobre a zona sul de São Paulo em 31 de outubro de
1996. Mas não parou por aí. Incidentes suspeitíssimos e o voo 3054 de 2007.
Sobre todas essas ocorrências ainda hoje pairam dúvidas e detalhes mal
contados. Por isso que o fim da TAM pode significar mais que o fim de outras
aéreas brasileiras: pode significar o fim de um capítulo de dor e fogo. Para a
alegria de seus “marketeiros” de plantão.
Porém,
não se enganem: se até o acidente de Orly, com a Varig, o acidente de
Fortaleza, com a Vasp e o acidente de Florianópolis com a Transbrasil são
chagas mal cicatrizadas que podem reabrir e trazer à luz verdades até então
ocultas, isso também podem acontecer com a TAM. Basta, de repente, se tocar na
ferida.
* * * * *
Veja nesta edição também “Comida de
Avião” Especial, sobre as novidades da AZUL Linhas Aéreas!
* * * * *
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MISSÃO EUROPA 2015 –
ALGUNS MOMENTOS
No dia 12 de outubro de 2015 eu e o
foto-jornalista e cinegrafista profissional Carlos Eduardo França viajamos para
a Holanda e Alemanha para cumprir pautas para algumas revistas e também
conhecer melhor esses países. Destaco hoje fotos de um voo realizado no Embraer
190 da KLM Cityhopper, entre Amsterdã e Frankfurt, em 19 de outubro, para
encher de orgulho os admiradores da indústria aeronáutica brasileira, aqui
representada pela Embraer.
(Obs: todas as fotos
abaixo de autoria de Solange Galante)
Prestes a embarcar rumo a Frankfurt.
Embarque com escada: como prefiro!
Tem finger sim: até o chão!
E chega outro irmão da Embraer!
Os aviões da KLM dão cor a um aeroporto cinzento.
Concluindo o embarque.
Rompendo as nuvens em busca do sol.
Enfim, o sol!!!
O tradicional conforto do Embraer 190.
Em um voo de pouco mais de uma hora, até que o serviço de bordo está bom!
Apreciando cerveja nacional em voo!!!
Já em céu alemão!!!
Freando em Frankfurt Am Main.
Deixando a pista rumo ao terminal.
A cabine do PH-EZY após o voo.
E, finalmente, o lugar do qual os entusiastas mais gostam...
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*** GRU AIRPORT DARÁ CALOTE NO GOVERNO FEDERAL ***
Veja
reportagens do Jornal da Band de 10 e 15 de junho, nos links a seguir:
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A CHAMA QUE NÃO SE APAGA
Alguma fotos do
encontro dos ex-funcionários da Viação Aérea São Paulo (VASP) em um restaurante
de São Paulo. É muito bom manter essa chama acesa!!!!
Agradecimentos ao Alexandre Neves, um dos organizadores!
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“NOSSAS
PRINCIPAIS SEÇÕES”
“COMIDA DE AVIÃO”
*** E S P E C I A L ***
Recepção inclusive com pãezinhos de queijo.
Salada de arroz vermelho integral para o serviço da Business.
Salada Mediterrânea para classes Economy Xtra e Econômica.
O famoso Buzina Burger com batatas rústicas na classe executiva.
A Azul promete que, a bordo, o tamanho é maior que na degustação.
Parece um escondidinho, mas não é!...
Mac 'n Cheese: massa assado com molho cheddar e parmesão,
para as classes Economy Xtra e Econômica.
Vamos às sobremesas: Pot au chocolate (uma moussse densa com paçoca) (Classe Business)
Parece bolo de chocolate, mas as classes Economy Xtra e Econômica saborearão
um bolo de tâmaras com calda de caramelo e bourbon!!!
E, é claro, um mimo extra...
... Brigadeiro, que agrada sempre a todos!
Ricardo Fittipaldi, Chef Executivo de Desenvolvimento Brasil da LSG Sky Chefs.
E, bem-vindo a bordo!!!!
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DIRETAMENTE DOS NOSSOS “ARCHIVOS”
Reportagem especial da Revista Veja publicada em 1974 quando grandes wide-bodies de companhias nacionais e
internacionais começaram a operar no Brasil mudando a cara da nossa aviação
comercial.
Destacamos alguns trechos interessantes da reportagem de mais de 40 anos atrás!
Destacamos alguns trechos interessantes da reportagem de mais de 40 anos atrás!
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DEU NO
F@CEBOOK
1)
(Acrescentamos o
seguinte comentário publicado também no Facebook (publicamos como anônimo)
“O
Decreto nº 8.541, de 13 de outubro de 2015 (assinado pela própria presidente
afastada), altera, em seu art. 3º, o art. 27 do Decreto nº 71.733, de 18 de
janeiro de 1973 que especifica que "A passagem via aérea, para o
militar, o servidor público e seus dependentes será adquirida pelo órgão
competente, observadas as seguintes categorias:" com a seguinte redação do
inciso I - "primeira classe - o Presidente da República e o
Vice-Presidente da República."
Logo,
está até mesmo previsto na legislação que o presidente e vice-presidente da
República podem, sim, viajar em voo comercial.
Me
espanta - ou melhor, não me espanta - que a presidente afastada escreva tal
bobagem. Ela não tem motivo algum para viajar pelo país em caráter oficial,
pois está afastada do cargo.”
2)
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DEU N@
INTERNET:
Mulher é impedida de embarcar em
avião por conta de shorts "muito curto"
2 de junho de 2016
A passageira Maggie McMuffin, artista burlesca, foi
obrigada a trocar de roupa no aeroporto de Boston após a tripulação da
companhia aérea JetBlue considerar o short dela muito curto.
Segundo ela, um agente da empresa a impediu de passar
pelos portões de embarque, argumentando que a roupa poderia constranger outras
famílias presentes naquele voo em questão.
A americana estava saindo de Boston para Seattle, nos EUA.
“Eles precisam parar de ser sexistas e julgarem as pessoas pelo que vestem.
Disseram que foi a palavra final do piloto então essas não são regras
oficiais”, afirmou Maggie.
“Me senti muito desrespeitada. Parecia que a decisão era
totalmente subjetiva, uma tentativa de body shaming, porque não tive nenhum
problema com a mesma roupa no aeroportor de Nova York”.
Para poder embarcar, a artista precisou gastar US$ 22
dólares comprando uma manta para se cobrir. O porta-voz da empresa explicou que
a decisão sobre a roupa da passageira foi um consenso entre os comissários de
bordo, que realmente acharam o short de Maggie um pouco “polêmico” demais.
(Foto: reprodução)
“Nós apoiamos as decisões da nossa equipe, que nem sempre são fáceis, e resolvemos reembolsar a nossa passageira devido ao gasto com as roupas novas para o embarque. Também oferecemos créditos para um voo futuro, como um gesto de agradecimento pelo ocorrido”, disse a JetBlue em comunicado oficial à imprensa.
“Nós apoiamos as decisões da nossa equipe, que nem sempre são fáceis, e resolvemos reembolsar a nossa passageira devido ao gasto com as roupas novas para o embarque. Também oferecemos créditos para um voo futuro, como um gesto de agradecimento pelo ocorrido”, disse a JetBlue em comunicado oficial à imprensa.
Maggie confirmou que a empresa entrou em contato e pediu
desculpas formais pela confusão no aeroporto de Boston.
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CAIXA PRETA DE CAMÕES
1)
“Na
Força Aérea Brasileira as mulheres também tem
vez.”
(Fonte:
Revista “1”, março de 2016)
Verbo
ter, com sujeito no plural exige acento circunflexo. Deve ser escrito assim,
portanto: têm.
2)
“Porém,
atualmente, o fabricante norte-americano afirma que a econômica poderá ser até 8% maior.”
(Fonte:
Revista “2”, março de 2016)
Certamente
o autor quis escrever na verdade “economia”.
Corretor ortográfico traidor???
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NOSSA EXCLUSIVA E MUITO FOFA
COLEÇÃO DE PÉROLAS VOADORAS!!!
(Erros da
imprensa que capturamos por aí. Vamos contar somente os pecados, e não os
pecadores, e já ouço em uníssono um UFA!!!!
A Pérola da imprensa especializada em julho de 2015
(eles ocultam, mas nós sabemos a data!)(revista “2”)
“Do outro
lado do Atlântico, os irmãos Wrigth
instalaram (...)”
Até pesquisei na internet pra ver se existe o nome Wrigth mas não achei,
muito menos em relação aos famosíssimo e em todo lugar descritos (com correção)
irmãos Wright!!!
A Pérola da imprensa especializada em novembro de
2015 (eles ocultam, mas nós sabemos a data!)(revista “2”)
“(...) empresa que controla a concessão do
aeroporto, iniciou as negociações para a venda de 10% do capital para a sócia ASCA (Airport Company South Africa).
Invepar e ACSA firmaram consórcio (...).”
O nome correto é ACSA,
como inclusive, está corretamente escrito a seguir. Basta ver o nome completo e
por extenso, logo depois!
A Pérola da imprensa especializada em abril de 2016
(revista “1”)
“Depois
de 10 dias em solo sofrendo reparos, o Boeing 747 da banda de heavy metal Iron
Maiden voltou a voar (...). A colisão com o veículo de pushback danificou dois
dos quatro motores, ferindo dois operadores.” Depois de trocados, o jato seguiu viagem (...)
A maioria pode não concordar comigo, mas, em comunicação, quanto mais
claro, mais nítido, melhor. “Depois de trocados” quem? Os operadores? Pois a proximidade das
palavras e da frase seguinte, como repeti, podem deixar o parágrafo esquisito.
E, pela diagramação, havia espaço para escrever em algum lugar “motores” de
novo, para esclarecer.
A Pérola da imprensa especializada em abril de 2016
(revista “4”)
“O
grupo alemão opera as companhias Eurowings, Lufthansa, Swiss, Austrian Airlines
e Lufthansa Cargo.”
Faltou a Germanwings. Conforme página oficial do Grupo Lufthansa, que é
a quem se refere o texto: (em https://www.lufthansagroup.com/en/company.html) “Passenger
transport is the largest business segment in the Lufthansa Group. The
Passenger Airline Group comprises the airlines Lufthansa Passenger Airlines
(including Germanwings and Eurowings), SWISS and Austrian
Airlines.”
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VALE A PENA LER DE NOVO
CAIXA PRETA # 52 / dezembro de 2006, janeiro e fevereiro de 2007
2006:
UM ANO PARA SER ESQUECIDO PELOS PASSAGEIROS
No dia
em que foi batido o martelo do leilão da Viação Aérea Rio-Grandense, parecia
que ouvíamos aquela frase que é o lema das Organizações Tabajara: “Seus
problemas acabaram”. Foi quando surgiu uma luz no fim do túnel de que o
estresse causado aos passageiros pela situação caótica da então maior companhia
aérea brasileira estava no fim. Cancelamento de vôos, falta de aviões, falta de
hotéis e restaurantes para passageiros cansados de esperar em aeroportos, tudo
isso estava prestes a virar um passado a ser esquecido.
A Varig
dividiu-se em duas, cada uma recomeçando quase do zero, e os passageiros foram
migrando para outras companhias com malha mais extensa de vôos, inclusive com
rotas internacionais.
Mas eis
que quando tudo na aviação comercial brasileira parecia vagarosamente
encaixando-se na normalidade novamente, um trágico acidente expôs uma das
companhias de maior sucesso atual, deixando atônitos todos que não conseguiam
entender como havia acontecido o sinistro. E, em meio às investigações, às
polêmicas de retenção de passaportes de dois pilotos norte-americanos e à
procura dos corpos, um copo d’água transbordou. O acidente parecia ter sido a
gota que faltava para evidenciar os antigos problemas do tráfego aéreo
brasileiro. E, de repente, o calvário dos passageiros ampliou-se. Agora não
sofriam mais os passageiros “Varig” mas todos os passageiros, numa confusão sem
tamanho. De repente, vôos sem horários, aeroportos sem horários, controle sem
controladores: instalou-se o caos.
Aparentemente
alheias ao forrobodó, as principais companhias aéreas brasileiras lavavam as
mãos, punham toda a culpa no governo e deixavam de assistir aos passageiros,
seja com hotel, alimentação e transporte – direito obrigatório dos passageiros
após quatro horas de atraso – quanto com informações claras quanto ao
remanejamento dos vôos. Enquanto isso, as mesmas companhias chegaram a receber
um avião novo por semana. Mas isso não foi o suficiente para que a TAM, o maior
exemplo, conseguisse transportar com a tão perseguida pontualidade e
regularidade seus clientes, que passaram a se amontoar nos aeroportos.
Os
passageiros foram se vendo órfãos. Com a decadência da outrora poderosa Varig,
foi sob as asas da TAM e da Gol, principalmente, que abrigaram-se passageiros
em busca de lazer ou a caminho de importantes reuniões de trabalho.
Vangloriando-se de seu crescimento, expondo a todo momento seus recordes de
participação na indústria do transporte aéreo brasileiro e abrindo novas rotas,
de repente a TAM mostrou-se incapaz de atender a alta demanda, sonho de
qualquer companhia aérea mas também uma realidade delicada. Ao contrário da
Varig pelo menos no início do agravamento de sua crise no primeiro semestre de 2006, a TAM não tinha como
mandar os passageiros para hotéis simplesmente porque não conseguia ter
previsão de quando sairia o vôo já atrasado, se saísse. Nesse samba do crioulo
doido sobrou até para São Pedro – as famosas chuvas de verão de São Paulo nunca
haviam prejudicado tanto os vôos nos aeroporto de Congonhas como neste dezembro
de 2006. E nunca a manutenção não programada de meia dúzia de aviões, em um
universo de quase uma centena compondo a frota da TAM no mesmo mês, foi tão
prejudicial à malha.
Essa
crise aérea não prejudica apenas cada passageiro em seu compromisso retardado ou
não cumprido. Não prejudica apenas o garotinho cujo fígado para transplante não
chegou. Não prejudica apenas quem dorme com total desconforto no chão frio de
um aeroporto ou sobre malas. Prejudica também a imagem do País, à medida que
passageiros estrangeiros, que chegaram para passar o Natal e o Ano Novo no
famoso País tropical, ficam ainda mais perdidos diante da confusão, e sentem-se
ainda mais desamparados em solo estrangeiro. Os pilotos norte-americanos do
Legacy que colidiu com o Gol 1907 devem estar falando pelos quatro cantos dos
Estados Unidos que o Brasil é uma bagunça – QUEM irá desmenti-los?
Ironicamente,
o Brasil, País com gigantesco potencial turístico e, ao mesmo tempo, precária
rede de transportes terrestres e fluviais, sempre soube que tem na aviação uma
forte aliada para gerar lucro com o turismo e também integrar todo o seu vasto
território. Embora sempre soubesse disso, têm tratado mal, muito mal, a mesma
aviação. Voar deixa de ser vantajoso, à medida que passou a ser mais rápido
viajar durante um dia inteiro de ônibus do que ficar 24 horas em um aeroporto
sem previsão de decolagem de seu avião. Mesmo a aviação executiva teve os vôos
limitados supostamente para beneficiar o tráfego aéreo da aviação comercial, e
no final nenhuma delas manteve sua característica rapidez. O Brasil, enfim,
desestimula um meio de transporte que deveria agilizar as viagens, aproximar
famílias e povos, permitir o sucesso dos transplantes de órgão e trazer mais
turistas (com dólares e euros) para nossa balança comercial.
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“CAPAS”
Algumas capas de revista de aviação que se destacam
por si só ou trazem homenagens históricas. Colabore você também enviando
aquelas de que mais gosta!
Esta capa dupla publicada em 1987 pela Aviação em Revista traz a pintura
original dos Tucanos da Esquadrilha da Fumaça numa época em que o avião militar
brasileiro apenas começava a conquistar o mundo.
Primavera de 1997. O fascínio das aeronaves comerciais a hélice (motores
a pistão e turbo-hélices) é o foco desta revista britânica, sempre repleta
também de foto maravilhosas.
As edições históricas da revista
Flap Internacional já estão no número XVIII. Lançada sempre em dezembro como
verdadeiro presente a seus leitores, e não vendida em banca, ela começou a ser
publicada em 1998. Algumas edições da coleção já estão, inclusive, esgotadas.
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CAIXA COR DE ROSA
No dia 20 de maio passado o comentarista e
filósofo Luís Felipe Pondé contou de uma cena que flagrou em uma viagem de
avião recente feita por ele:
“Eu lembro uma vez em que eu estava num
avião e o capitão, que era uma capitão ou capitã, ela fala, e atrás de mim
havia um casal e a mulher vira para o marido e diz: ‘O piloto do avião é uma
mulher??? E agora, o que vai acontecer???’ Aliás, era em Minas que o avião
estava pousado. Então eu tenho a impressão que sim, tem muitas mulheres que
desconfiam da capacidade de outras mulheres.”
Por minha vez eu lembro que, quando escrevi
soube mulheres pilotos brasileiras, elas já comentavam comigo que sofriam
preconceito de algumas outras mulheres, passageiras ou chefes. Preconceito é
lamentável, seja partindo de mulheres quanto de homens!!!
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“Sites úteis”
http://www.airliners.net/
O famosíssimo site de publicação de fotos de
aviação, onde pode-se encontrar grande parte da frota mundial que já tenha sido
clicada em p&b ou em cores, revelada em papel, cromo ou digitalmente, está
de cara nova, e trata-se da primeira grande modificação de leiaute, após
modificações menores feitas no passado. Vale a pena conferir!
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– “PENSAR PARA VOAR” –
(PENSAMENTOS E FRASES RELACIONADOS À AVIAÇÃO)
“Voando, e observando o mundo
sob uma perspectiva diferente, você vê muita coisa que não consegue perceber do
chão.” (Clémentine Bacri, piloto francesa)
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A PERGUNTA
DO MÊS
Quem poderá responder a essa
indagação?
“Será que o GRU Airport vai conseguir honrar antes do final da concessão
a dívida bilionária que tem com o Governo Federal e já anunciou que não tem
como pagar (pelo menos não agora)?”
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Resta ainda sabermos:
= O que aconteceu, afinal, ao Boeing 777 da Malaysia Airlines que cumpria
o voo MH370 em 8 de março de 2014?
= Com a incorporação da Secretaria de Aviação Civil ao Ministério dos
Transportes no governo Michel Temer, o Programa de Desenvolvimento da Aviação
Regional, o PDAR, vai enfim começar na prática?
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N O V I D A
D E S E
R E G I S T R O S
Veja na Edição 201 (junho de 2016) da revista Avião
Revue minha matéria sobre a Lufthansa Flight Training, inclusive com fotos de
Carlos Eduardo França.
(Foto: Divulgação LFT)
* * * * *
PRAZER EM CONHECÊ-LOS!!!!!
Convido meus leitores internautas a
conhecerem esta personagem da ficção que, em breve, estará emocionando a
todos!!!!
“Apenas nove anos antes da história
começar a ser narrada:
– É sério que você vai se matricular
para a nova turma de Aeronaves multimotoras e Piloto Comercial do Aeroclube?
– Vou sim... por quê?
– Não vi nenhuma outra mulher se
matricular.
– É? E daí?
– Por que você não faz o curso pra
aeromoça?
– Eu não quero ser aeromoça.
– Por quê? É mais apropriado para
uma moça como você.
– Mas eu não quero ser aeromoça.
Quero ser piloto. E trabalhar como piloto. Como meu irmão, que já está na VASA.
– Seu irmão é homem... homem pode...
– Hélio... não vejo porque eu não
poderia ser piloto também. Meu irmão me apóia, os instrutores aqui do aeroclube
me apoiam, e eu fiz um bom curso de piloto privado... que mal há?
– Se fosse normal, haveria mais
mulheres pilotos, inclusive nas empresas aéreas.
– Eu sei que nos Estados Unidos já
há algumas... Elas são copilotos mas acho que serão comandantes um dia.
– Continua sendo muito esquisito
isso...
– Você realmente acha que pilotar é
coisa para homem?
– Sim, acho.
“Ela” se levantou, ajeitou a roupa,
pegou a bolsa que estava pendurada na cadeira e disse, por fim:
– Eu nunca soube de um pássaro em
cuja espécie apenas o macho voasse. E o ser humano, creio, é mais evoluído que
os pássaros. Ou, pelo menos, deveria ser. Vou pagar minha matrícula, lá na
secretaria. Tchau.
O resultado, nove anos depois, os
meus leitores verificarão.”
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Envie não só sugestões, comentários, reclamações
como também denúncias de maus tratos em companhias aéreas, flagrantes em fotos
e textos, desabafos, histórias, contos, crônicas, piadas, tudo o que lhe
agradar divulgar, anonimamente* ou não.
(*podemos publicar anonimamente depois de
comprovar se o autor realmente existe!)
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ATENÇÃO!
Todos os textos e fotos postados neste
Blog estão protegidos pela Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998, a Lei de
Direitos Autorias.
Algumas revistas, não só de aviação, se
baseiam na Lei 5.988/73 que foi revogada pela Lei 9.610/98. Independentemente
se você é jornalista formado e/ou registrado ou não, sendo autor de qualquer
obra intelectual, fique atento!!!
Veja o texto da Lei EM VIGOR em:
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Esse almoço da VASP era para eu ter ido. Mas meu pai me enrolou e esqueceu que eu havia lhe dado o dinheiro do "ingresso". Ou só no final do ano, ou só ano que vem =(
ResponderExcluirTalvez tenha outro antes, Raí, segundo comentou comigo o Alexandre Neves!
ResponderExcluirSeu pai trabalhou na Vasp? Abraços
Sim. Trabalhou por 25 anos como comissário
ExcluirQue legal, pegou a época ainda boa da aviação! ;)
ResponderExcluir