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Governo do Chile autoriza cabotagem aérea
O governo do Chile autorizou a cabotagem no tráfego aéreo doméstico do país. A medida, segundo o governo chileno, visa reduzir os preços das passagens aéreas e do transporte de cargas e foi anunciada pelo ministro dos Transportes, Pedro Pablo Errazuriz, e pelo ministro da Economia, Pablo Longueira.
A medida faz parte da Agenda de Impulso Competitivo estabelecida pelo Executivo em 2011, para fomentar a economia nacional. Assim que aprovada pela Junta Aeronáutica Civil e publicada no Diário Oficial do país, as empresas aéreas estrangeiras poderão realizar voos domésticos no Chile sem a necessidade de acordos de reciprocidade.
O governo do Chile destaca que há disponibilidade imediata das empresas estrangeiras de iniciarem seus voos no mercado doméstico. A medida, no entanto, não foi bem recebida pela indústria aeronáutica chilena, em especial pelas empresas aéreas menores, como a PAL e a SKY, que veem a cabotagem com temor, devido à concorrência internacional. A LAN, para aprovar a fusão com a TAM, comprometeu-se a expressar opinião favorável à abertura unilateral dos céus chilenos.
No Brasil, a Agência Nacional de Aviação (Anac) vem defendendo a cabotagem como um meio para a redução dos valores das passagens aéreas a partir da ampliação da concorrência. O Sindicato Nacional dos Aeronautas e os sindicatos cutistas de aeroviários, assim como a Fentac/CUT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil) alertam os trabalhadores do setor para os riscos que podem ter, caso a proposta venha a ser adotada também pelo Brasil.
As entidades sindicais são contrárias à abertura dos céus brasileiros pois entendem que ela fragiliza a manutenção das empresas aéreas de bandeira nacional e põe em risco os milhares de postos de trabalho diretos e indiretos que o setor abriga. As análises da assessoria econômica do SNA também vai nesse sentido, de que a cabotagem é prejudicial ao país, aos passageiros e aos trabalhadores.
(Fonte: Sindicato Nacional dos Aeronautas)
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