Plantão Caixa Preta

LEILÃO DOS AVIÕES DA VASP (DAQUI A UMA SEMANA):

VALE A PENA OU É UMA ROUBADA????

Há informações de que o avião PP-SFI, que foi leiloado "inteiro" e seguiu para Araraquara (SP) no ano passado, não chegou exatamente "inteiro" como prometido, ao seu destino final (instrumentos teriam sido retirados antes mesmo do leilão, embora aparecessem em uma reportagem de Otávio Mesquita, anterior ao pregão

Isso nos leva a perguntar, tomando o PP-SMA como exemplo: ele está mesmo com seu interior preservado?

As fotos abaixo são de uma reportagem da Rede TV exibida em maio passado, com o "vovô" dos breguinhas brasileiros sendo usado para treinamento de emergências em Confins, promovido pela Infraero (é claro). Ele tinha todo seu interior. da cabine de passageiros mas, hoje, há quem afirme que está oco, como quase todos os aviões da Vasp que estavam em Congonhas. Para onde foram as poltronas? Vão ser vendidas em separado, em prol de pagar os credores? Ou irão virar sucata como no caso dos A300 desmontados (ou melhor, picotados) em Congonhas, meses atrás?
Além disso, dois dos aviões já foram, com certeza, "picotados" (os de Recife) e essa informação não aparece na relação de aeronaves do leilão. Ou seja: quem participa não fica sabendo se estará levando um avião inteiro (que terá que desmontar) ou só sucata pura.

Verdade seja dita:  na pressa de se livrar dos aviões, o CNJ fez os credores serem prejudicados, e muito. A venda de poltronas, bins, galleys, carpetes e mesmo placas internas laterais, flapes etc poderia render, e muito, muito mais que o peso do alumínio para derretimento. Perderam os tripulantes, aeroviários, empresas fornecedoras de serviços e produtos, para quem a Vasp devia, pois menos grana entrará nos leilões. Perderam os entusiastas, que pagariam caro para ter essas relíquias, que estão sendo simplesmente jogadas fora. Só ganharam o Governo Federal, que posa de bonitinho por ter ajudado a acelerar a faxina, o CNJ, que poderia ter sido mais detalhista ao avaliar o que e como fazer a liberação dos espaços, e a Infraero, que ganha de volta seus pátios antes ocioso nos aeroportos.