segunda-feira, 28 de abril de 2025
sexta-feira, 25 de abril de 2025
NOTÍCIAS CAIXA PRETA
CHEGOU AO FIM A 29a. INTERMODAL SOUTH AMERICA, COM AMPLA PARTICIPAÇÃO DA AVIAÇÃO CARGO
Texto: Redação Intermodal Digital
Fotos: todas de Solange Galante
Após três dias intensos de networking, lançamentos e discussões estratégicas, a Intermodal South America 2025 encerrou nesta quinta-feira (24) sua 29ª edição, consolidando-se mais uma vez como o principal hub de negócios, inovação e conhecimento para o setor logístico das Américas.
Pela primeira vez realizada no Distrito Anhembi, em São Paulo, a feira atraiu um público altamente qualificado, reunindo representantes das cadeias de logística, intralogística e tecnologia, operadores de transporte, embarcadores, terminais, portos, operadores ferroviários, autoridades públicas e empresas inovadoras do Brasil e do exterior.
Durante o evento, os visitantes conferiram lançamentos em equipamentos e serviços de ponta, soluções disruptivas e uma programação de conteúdo robusta, com fóruns, painéis e palestras abordando temas centrais como economia, infraestrutura, sustentabilidade, tecnologia e comércio internacional. Segundo a organização, 49.852 profissionais circularam pelos corredores do novo pavilhão, representando um crescimento de 15% em relação à edição anterior.
“Saímos desta edição com a certeza de que a logística é o motor vital para o crescimento econômico e a transformação sustentável do Brasil e do mundo”, afirmou o diretor do Núcleo de Infraestrutura e Tecnologia para a América do Sul da Informa Markets Latam, Hermano Pinto Jr..
Para o head de negócios do núcleo de Infraestrutura e Tecnologia da Informa Markets, Fernando D’Ascola, a edição de 2025 consolida ainda mais o papel estratégico da feira. “A Intermodal se reafirma como ponto de encontro essencial para quem constrói o presente e planeja o futuro da logística. A troca de experiências e as oportunidades de negócios, mensuradas pelo nível de satisfação dos expositores, comprovam que estamos no caminho certo: rumo a um setor cada vez mais integrado, tecnológico e sustentável.”
Transformações no Shipping: como a geopolítica influencia o comércio global
A cadeia logística mundial enfrenta mais uma fase de desafios, desta vez marcada por uma guerra tarifária que afeta o mundo, em especial a China, principal parceiro comercial global. Em palestra especial no 3º Interlog Summit, composto pela Conferência Nacional de Logística, com curadoria da ABRALOG, e pelo Congresso Intermodal South America, o especialista Lars Jensen, CEO da Vespucci Maritime, alertou: “Não teremos um mundo fácil de navegar nos próximos dois anos. Precisamos de flexibilidade e adaptabilidade”.
A nova rodada de tarifas proposta pelo governo dos Estados Unidos prevê sobretaxas que podem chegar a 145% sobre produtos chineses, o que amplia significativamente os custos logísticos e operacionais das transações logísticas. Segundo Lars, o impacto disso reflete diretamente na cadeia de suprimentos.
Segundo o painelista, algumas companhias marítimas já estão redesenhando suas operações. “Rotas estão sendo encerradas, outras deixam de escalar na China, e algumas passam a operar apenas no Canadá ao invés dos Estados Unidos. As medidas estão sob revisão e passarão por audiências em maio, podendo ser modificadas. No entanto, já se espera uma mudança radical nas redes de serviço e um efeito cascata no fluxo logístico global”. O especialista cita ainda outros conflitos que pesam na balança comercial, como a crise no mar vermelho, a guerra na Ucrânia, o conflito na Faixa de Gaza e o aumento da tensão entre Índia e Paquistão.
Impactos e oportunidades para o Brasil
Apesar do cenário desafiador, o Brasil e a América do Sul estão em posição relativamente favorável. Apenas 10% das tarifas impostas pelos EUA atingem diretamente o país. A fragmentação da cadeia global de suprimentos abre espaço para diversificação de rotas e investimentos em infraestrutura, desde que haja capacidade para absorver esse crescimento. No entanto, Jensen adverte que o gargalo está no acesso. “As oportunidades existem, mas a infraestrutura precisa acompanhar.”
O keynote speaker finaliza dizendo que a chave para o momento atual é trabalhar com resiliência. “O mundo como conhecemos se tornou imprevisível. Veremos mais conflitos localizados e, por isso, precisamos de resiliência. O comércio não vai parar — como vimos na pandemia — mas será mais desafiador, mais caro e exigente no quesito estratégia”, concluiu Lars Jensen.
ESG ganha protagonismo no mercado de capitais e reforça sustentabilidade como estratégia de negócios
Estratégia também foi o foco da palestra ministrada pela executiva Onara Lima — especialista em sustentabilidade, conselheira e professora da Fundação Dom Cabral — neste último dia da Intermodal South America. Onara uma reflexão aos presentes: ESG (ambiental, social e governança) não é mais um diferencial, é um imperativo estratégico.
Durante sua palestra, Onara alertou que o mercado financeiro já entendeu o risco de ignorar variáveis ambientais. “O investidor não gosta de incerteza, e a sustentabilidade reduz riscos e aumenta a resiliência dos negócios”, destacou. Para ela, a lógica de encarar a sustentabilidade como custo precisa mudar. “Enquanto não entendermos que sustentabilidade não é um apêndice, vamos continuar tratando como despesa o que, na verdade, pode gerar valor”.
A especialista defendeu que as empresas devem colocar o cliente no centro, buscar eficiência operacional, escalar soluções ambientais e corrigir rotas com agilidade. “É preciso analisar onde estão as dores do negócio. Se eu não entendo o volume financeiro da minha operação, também não entendo onde estão as oportunidades.”
O Brasil, segundo Onara, tem desafios importantes a enfrentar, como uma estrutura de transporte ineficiente e baixa qualificação da mão de obra. Mas também tem espaço para virar o jogo. “ESG é sobre continuidade. Sustentabilidade não é uma pauta do futuro, é sobre as decisões que tomamos hoje”, concluiu.
Economia circular e sustentabilidade
Com foco em sustentabilidade e segurança operacional, a Ambipar deu destaque na Intermodal às inovações tecnológicas em prática na atuação da empresa, como o robô de combate a incêndios, desenvolvido para atuar em situações críticas com máxima segurança, e a viatura OPG (Operações com Produtos Perigosos), utilizada em emergências químicas e industriais. Ainda na linha da inovação tecnológica, a empresa vem ampliando o uso da automação para a inspeção de tanques e reservatórios com o uso de drones, capazes.
“A Intermodal é uma vitrine estratégica para mostrarmos como nossas soluções ambientais contribuem para a transformação do setor logístico. Unimos tecnologia, conhecimento técnico e compromisso ambiental para oferecer respostas rápidas, eficientes e sustentáveis às operações mais complexas”, destaca Dennys Spencer, head global de Prevenção e Resposta a Emergências da Ambipar.
Outra frente de atuação da empresa foca na reutilização de resíduos gerados nos processos produtivos de seus clientes, agregando valor e transformando-os em matéria-prima ou derivados utilizáveis no ciclo produtivo. É o caso de clientes dos segmentos alimentício e papeleiro, cujos resíduos são processados e transformados em etanol.
A empresa também atua na jornada de descarbonização do setor, por meio da plataforma Ambify, que oferece desde a redução direta da pegada de carbono até a compensação com créditos ambientais. Com atuação em portos, rodovias e ferrovias, a Ambipar prepara profissionais para atuarem com segurança em emergências, promovendo uma cultura de prevenção e sustentabilidade em toda a cadeia logística.
“Minimizar as emissões de Gases de Efeito Estufa é um dos grandes desafios atuais. Nossas soluções combinam atuação prática com suporte estratégico para que os clientes operem com responsabilidade ambiental e alta performance”, afirma Spencer.
O terceiro dia também foi palco para a cerimônia de entrega do COA (Certificado de Operador Aéreo) da Braspress Air Cargo (BAC), mais nova companhia aérea de cargas nacional e oficializa a licença para o início das operações da companhia. Na ocasião estiveram presentes o diretor-presidente da Braspress, Urubatan Helou, e o presidente da ANAC, Roberto José Silva Honorato e sua comitiva, para a entrega oficial.
Em 2026, a Intermodal já tem data de realização definida: de 14 a 16 de abril, no Distrito Anhembi, em São Paulo.
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Confira alguns participantes ligados à aviação da 29a. Intermodal South America:
domingo, 20 de abril de 2025
sábado, 19 de abril de 2025
NOTÍCIAS CAIXA PRETA
AZUL OU VERMELHO?
Azul E Vermelho!
No último dia 15 de abril, na feira de turismo WTM Latin America 2025 a AZUL Linhas Aéreas oficializou o retorno de sua campanha e seu patrocínio a uma das maiores manifestações folcóricas do Brasil
Texto e fotos de responsabilidade
da Assessoria de Imprensa da AZUL
exceto onde identificado
A companhia, que nasceu para conectar o Brasil com o próprio país, e também com o mundo, é a empresa aérea com a maior malha na região amazônica, liderando o mercado de Aviação por lá, com uma participação de 54% nas decolagens só no estado do Amazonas.
Essa presença tem ajudado a aumentar a demanda por voos da companhia – e isso inclui a procura dos Clientes por voos para o Festiva Folclórico de Parintins. Isso porque a ilha em que o espetáculo dos bois-bumbás acontece, localizada a quase 370 km de Manaus, no Amazonas, só é acessada por meios fluviais ou aéreos. Enquanto a opção por barco pode demandar até 18 horas de viagem a partir de Manaus, o transporte aéreo leva menos de 1h.
No ano passado, o trecho entre a capital amazonense e Parintins, conhecida como a Rota do Boi, chegou a uma média de 14 decolagens diárias, considerando voos regulares, extras e fretados, ultrapassando o fluxo da ponte aérea Rio-São Paulo (Santos Dumont-Congonhas). No período entre 26 de junho e 2 de julho, a Azul operou 154 voos e transportou quase 10 mil Clientes para o município do Bumbódromo.
Para este ano, no período de 25 de junho a 01 de julho, serão 196 voos extras chegando e partindo da “Ilha da Magia”, totalizando 13 mil assentos nos voos adicionais da companhia no destino.
Em comparação às operações da companhia no Festival do ano passado, houve um crescimento de 28% em número de decolagens, o que representa, em média, praticamente um voo por hora em cada sentido para os três dias de apresentações. As operações serão realizadas por aeronaves ATR, com capacidade para 70 Clientes, e também por Cessna Grand Caravan, que acomoda nove Clientes por voo.
A Azul Viagens, operadora de Turismo da Azul, terá ainda voos dedicados conectando Manaus a Parintins, como reforço à malha entre a capital e a ilha. Além do mais, a operadora oferecerá produtos exclusivos para o evento, e espera repetir o sucesso do ano passado. Vale destacar, ainda, que a Azul terá incrementos em sua malha para Manaus, com voos partindo de Belém (PA), Recife (PE), Viracopos (SP) e Confins (MG).
Ser azul ou vermelho
é coisa muito séria em Parintins!
Abaixo, fotos da aeronave comemorativa em 2024 (fotos de autoria de Patrick Krug):