sexta-feira, 7 de junho de 2019

SPEECH

AZUL INAUGURA VOO PARA PORTO, EM PORTUGAL


(Foto: Solange Galante)

(Texto: Assessoria de imprensa da Azul e Solange Galante, editado e atualizado)


Porto amplia a experiência de voar Azul para fora do país

Inaugurado na última segunda-feira, o novo destino internacional da companhia terá três voos semanais e ampliará oferta de ligações para Clientes da Azul entre Brasil e Portugal

A partir do dia 3 de junho de 2019, Porto, em Portugal, se tornou o 12º destino atendido pela Azul fora do país. Com o voo inaugural que partiu de Campinas às 17h20 desta segunda, a companhia ampliou a oferta de voos entre Brasil e Portugal para 17 frequências semanais, fortalecendo o principal centro de conexões da Azul no país e oferecendo uma nova opção de destino na Europa para Clientes que voam Azul. As ligações entre as cidades acontecerão três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas, com as aeronaves modelo Airbus A330.

A cidade portuguesa é o segundo destino europeu a contar com voos da Azul, que já atua em Lisboa. Com o novo voo, Campinas, que hoje é o principal centro de conexões da América do Sul, passará a ter ligações diretas e regulares para 59 dos 113 destinos da Azul, sendo seis deles internacionais: Orlando e Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, Lisboa e Porto, em Portugal, e Buenos Aires e Bariloche, na Argentina.

“Com muito entusiasmo, ampliamos hoje a nossa malha internacional, voando para mais um destino na Europa. A decolagem desse voo representa uma nova página na história da Azul. Ao mesmo tempo, Campinas, nosso maior hub no país, fica ainda mais fortalecido, com uma nova opção de destino para nossos Clientes, conectando toda a nossa malha doméstica e internacional. Estamos muito felizes com o início dessa operação e temos certeza de que esse voo será um sucesso”, ressalta o Vice-Presidente de Receitas da Azul, Abhi Shah

Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Belo Horizonte, Rio, Goiânia e Cuiabá serão as principais cidades brasileiras a contar com conexões convenientes para o novo voo Campinas-Porto. Em cerca de nove horas, Clientes poderão partir dessas regiões e desembarcar na cidade portuguesa. Além disso, em Porto, a Azul, em parceria com a TAP, oferecerá conexões imediatas para Amsterdã, Genebra, Luxemburgo e Londres.

A experiência de voo internacional
Além do conforto e da qualidade dos produtos e serviços da Azul em voos domésticos, voar com a companhia para fora do país traz requintes de sofisticação. A experiência começa no lounge da Azul em Viracopos. Em um espaço de 820 m² com capacidade para 240 pessoas, a empresa oferece home theater, chuveiros, varanda panorâmica e uma área com chaises, disponível para todos os Clientes que embarcarem em um voo internacional da empresa.

Para quem viaja com a Azul, o máximo conforto está garantido. Os jatos A330 da Azul contam ainda com o sistema de entretenimento Panasonic eX3, uma das soluções tecnológicas mais avançadas do mercado. Os televisores dessa classe têm 16 polegadas e são equipados com controle remoto e também contam com modo touchscreen. Em todas as classes, a qualidade de reprodução de vídeos é em HD. As telas são equipadas com uma porta USB, que serve, sobretudo, para recarregar dispositivos móveis.

Os Clientes da Azul Business também têm à disposição alguns itens de conforto, como edredom, travesseiro, fone de ouvido e uma nécessaire, que contém meia antiderrapante, máscara para os olhos, escova de dentes, creme dental, protetor auricular, além de creme hidratante, protetor labial e água. E quando o assunto é refeição, o cardápio não fica para trás, contando sempre com quatro opções, que variam entre carnes, peixes e massas. Os pratos são acompanhados de sopa, saladas, queijos e pães, além de entradas especiais e sobremesas diferenciadas.

SOBRE INOVAÇÃO E FALTA DE.

O A330 aguardando os passageiros para o Porto. A Azul inova na rota mas os obstáculos ainda são grandes na aviação brasileira. (Foto: Solange Galante)

(Texto: Solange Galante)

Marcelo Ribeiro, diretor de Planejamento e Alianças da Azul Viagens, foi um dos executivos que atenderam a imprensa durante evento que ocorreu antes do voo inaugural do dia 3 de junho, em Viracopos. Entre os assuntos e informações prestadas sobre o novo marco para a empresa, ele lembrou como a Azul Linhas Aéreas é uma empresa inovadora desde seu início, inclusive na escolha do Aeroporto Internacional de Campinas (VCP) como seu hub. Viracopos, como é sempre lembrado, é um dos aeroportos internacionais brasileiros que menos sofre com questões meteorológicas – quando eventualmente "fecha", o fato é tão raro que vira notícia até no horário nobre dos telejornais. Nesse mesmo dia da coletiva e cerimônia do novo voo da Azul, deixamos São Paulo debaixo de chuva mas chegamos a Campinas sob um tempo nublado mas com bastantes aberturas de sol, e sem uma gota d'água caindo do céu.
Aliás, Viracopos vive um momento delicado. O aeroporto que foi redescoberto pela população brasileira graças justamente à Azul, perdeu, entre 2015 e 2016, durante a recente crise do País, três companhias estrangeiras – American Airlines, Copa Airlines e TAP Air Portugal. Hoje, a própria administradora, vencedora da concessão de 2012, a Aeroportos Brasil, encontra-se em recuperação judicial, de modo que muitos investimentos prometidos para já vão ficar para depois. Depois dos leilões vindouros, que definirão quem administrará o aeroporto nos próximos anos – e que poderá ser a própria Aeroportos Brasil, se conseguir outros sócios. Um dos investimentos será, óbvio, a tão desejada segunda pista, que justamente já causou uma enorme dor de cabeça à Azul em outubro de 2012 durante um grave incidente com um MD-11F da empresa cargueira Centurion.
Marcelo Mota, diretor de Operações de Viracopos, comentou sobre as qualidades do aeroporto e o que já foi feito resultando em desenvolvimento. Particularmente, eu lembro que o Brasil ainda está aprendendo com as concessões de aeroportos internacionais que tem realizado mas a Europa, que está em um outro patamar nesse quesito, já amadureceu bastante quanto à concorrência aeroportuária. No Velho Continente os grandes aeroportos disputam literalmente cada passageiro com facilidades, tecnologia, conforto, conexões, acesso às metrópoles e parceria com as empresas aéreas.Estive visitando por duas vezes Schiphol, em Amsterdã (Holanda), ambas visitas com cunho profissional, e fiquei impressionada como seus administradores mantêm foco total em o tornarem um dos maiores aeroportos do continente – e se manterem, já que Schiphol está entre os melhores hubs europeus. Mas, lá, são seis pistas, transporte por trem até o centro da capital holandesa em apenas 20 minutos e, no Brasil... Viracopos, em particular, além da falta urgente de uma segunda pista, tem sido por décadas preterido pelos governantes brasileiros em prol de outros empreendimentos, sendo que um trem rápido poderia levar passageiros de São Paulo e até do Rio de Janeiro para Campinas, o que sempre foi prometido, nunca foi feito, e, parece, agora caiu de vez no esquecimento.
A inovadora Azul ressuscitou Viracopos, antes só um aeroporto cargueiro, e transformou-o em hub com uma interessante e confortável "ponte rodoviária" partindo de vários destinos, inclusive do interior, rumo VCP. Na falta de trem, ela tem seus confortáveis ônibus. Que viabilizam inclusive essa nova opção para voar a Portugal, onde ela já têm várias frequências para Lisboa também.
Lembrando que a empresa, não só por causa do nó que sofreu em sua malha com o incidente da Centurion, vem sendo uma verdadeira guerreira diante das concorrentes brasileiras – considerando, aqui, como brasileira, inclusive uma concorrente que aqui nasceu mas deixou há anos de sê-lo. Como é natural, por mais que Campinas lhe sirva muito bem, a Azul, que nasceu em 2008, expandiu suas operações para os aeroportos de Guarulhos e Congonhas e tinha a possibilidade de ampliar sua participação no principal aeroporto da cidade de São Paulo diante da quebra da Avianca, mas não conseguiu romper uma barreira aparentemente construída por Latam e Gol dentro da Abear para mudança de regras no vindouro leilão da Avianca.
Questionado por mim sobre as razões da recente saída da Azul da Abear, Marcelo Ribeiro lamentou que foi ficando cada vez mais difícil haver um diálogo dentro da Abear onde deveria haver consenso. "Foi ficando cada vez mais difícil ter consenso sobre qualquer coisa" ele disse, observando que na Associação não havia decisão por maioria, mas por consenso.
Em relação ao caso da Avianca, ele comentou que a Azul tinha um plano de salvamento da empresa, "que foi o que a gente apresentou. Mas, em última instância, não foi o que prevaleceu, prevaleceu fatiar a empresa em sete partes."  Segundo ele, isso pode causar desinteresse no leilão. Em relação especialmente à rota Rio-São Paulo – popularmente chamada ainda de Ponte Aérea, embora nada lembre da antiga Ponte Aérea dessa rota, onde um pool de companhias atuava em conjunto, mas hoje é cada uma por si –   ele comentou: "Para operar na ponte aérea, precisa ter no mínimo 15, 16 voos. Se você fatia esses 21 voos da Avanca em 7 partes, não dá pra ninguém operar uma ponte aérea...."
A Azul não tem mais interesse em participar do leilão, se ele realmente ocorrer, segundo Marcelo. "Essa história está se arrastando cada vez mais, vai acabar não acontecendo... a empresa está parada, 'groundeada', e os funcionários foram quem mais saíram perdendo.", e ele, alerta: "O que está muito nos preocupando, é que se esses slots forem perdidos e voltarem para a Anac, que é a coordenadora do aeroporto, e forem distribuídos de acordo com as regras atuais, de novo eles serão fatiados. Hoje, são divididos pelas empresas que operam lá, entre nós, a Gol e a Latam. Cada uma ficaria com 7 dos 21 slots. A Gol e a Latam, que já têm 88% dos slots do aeroporto vão para 90 e pouco por cento. E a gente, vai de 3 voos por dia para 20... E a (nossa) ponte aérea é o quarto maior mercado do mundo. E o único que ficará só com duas operadoras. Sendo no mundo só há dois com três operadoras, uma delas no Brasil, onde vai acabar ficando com duas.”
Moral da história: tudo, no Brasil, é motivo para se justificar a necessidade de mais concorrência para promover a queda no preço das passagens aéreas, como a famosa cobrança de bagagens. Mas, sem um consenso realmente em prol de mais concorrência, não se vê no horizonte qualquer indício disso se viabilizar.
Passageiros, oremos!

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