sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Plantão Caixa Preta - ESPECIAL

FOTOGRAFOU? NÃO? ENTÃO, DANÇOU!!!!
– PARTE 5: O REPÓRTER INVISÍVEL!!!

                                                                                     por : Solange Galante

Você já ouviu falar do “Homem Invisível”?


 (Foto: reprodução da internet)

A novela de ficção científica do britânico Herbert George Wells, conhecido como H. G. Wells, foi publicada originalmente em capítulos em uma revista semanal em 1897 e lançada como um romance no mesmo ano. O homem invisível do título é Griffin, um cientista que se dedicou à pesquisa em sistemas óticos e inventou uma maneira de mudar o índice de refração de um corpo para a do ar para que ele não absorva nem reflita a luz e, assim, torna-se invisível. Ele realiza com sucesso este procedimento em si mesmo, mas falha em sua tentativa de reverter o experimento.

E do “Repórter Secreto”, você já ouviu falar?


(Foto: reprodução da internet)

O jornalista brasileiro Eduardo Faustini é um dos mais importantes repórteres investigativos da Rede Globo. Em 2014, estreou uma série de reportagens no Fantástico, programa onde trabalha desde 1996, chamada Cadê o dinheiro que estava aqui?, onde é apelidado Repórter Secretoe investiga denúncias sobre desvios de impostos, por isso, sempre permanece oculto ao fazer reportagens.

Por sua vez, a revista de aviação que investigamos desde novembro passado criou um personagem inédito, o “Repórter Invisível”, que faz reportagens, tira fotos... mas ninguém o viu por perto!!!
Já mostramos nos “capítulos” anteriores da série “Fotografou? Não? Então, dançou!!!!”, aqui na Caixa Preta, que, embora tenham feito textos e supostamente produzido fotos sobre a vinda do Antonov 225 ao Brasil em novembro de 2016, a revista não publicou nenhuma foto que prove que realmente estiveram lá em Viracopos e em Guarulhos e, como alegam, tenham entrado na gigantesca aeronave. Ao alegar que entraram, no nosso ponto de vista, estão mentindo aos leitores.
Consultamos, primeiro, o Aeroporto de Viracopos, primeira escala do aviãozão. Perguntamos duas vezes, e pessoas diferentes de lá nos informaram assim:
Informamos que, conforme avisado, por parte de Viracopos não foi permitido o acesso dos veículos de imprensa ao interior da aeronave. Mesmo porque tal autorização só poderia vir da proprietária da aeronave. Nada disso passou pela nossa comunicação social.” (e-mail de 30/01/2017, sobre release de 07/11/2016)

Ok, se não foi por VCP, pode ter sido por GRU.
Nos nossos dois contatos com o Aeroporto de Guarulhos, as respostas (de duas fonte diferentes) foram:
“A Aero Magazine mandou fotógrafo para cobrir o pouso. Mas não creio que ele esteve dentro da aeronave.” (e-mail de 16/11/2016)
Alguns veículos (de imprensa) tiveram acesso ao pátio para fotografar a aeronave, mas não o interior. O único que teve acesso ao interior foi a TV Globo, antes da decolagem.” (e-mail de 19/12/2016)

Lembrando que ninguém põe o pé no pátio de um aeroporto como o GRU Airport sem ter inúmeras autorizações prévias, inclusive cadastro de equipamento fotográfico.
Bem, mas será que, ainda assim, ninguém viu alguém em nome da revista entrar no avião?

Essas foram as respostas de quem ficou o tempo todo dentro do avião durante sua operação em Guarulhos:

(Abaixo, esta, da gerente da empresa de logística contratada pela ABB, a exportadora do mega transformador para Santiago do Chile):
“Qualquer autorização para qualquer tipo de mídia foi feita através do Chile” (ou seja, da contratante, que iria receber o material, não da Antonov Airlines, dona do avião); “A nossa ordem foi expressa para o GRU Airport não autorizar ninguém.” “(Apenas) a (TV) Globo obteve autorização (via Chile) e entrou com a gente. Além disso, o canal Discovery já estava filmando uma reportagem em Guarulhos e já tinha entrado em contato com o Chile para fazer toda a cobertura desse embarque. Autorização, no Brasil, não foi dada a ninguém, tanto que lá estavam a (revista) Veja, a (TV) Bandeirantes, tinha várias outras emissoras e outros canais de comunicação e a gente não deu autorização para ninguém.”

(Abaixo, de um dos sócios da empresa de handling contratada especialmente para atender a aeronave em Guarulhos, que declarou: )
“As únicas pessoas que entraram no avião foram as que precisam entrar pois estavam trabalhando dentro da aeronave... Ninguém de imprensa, a não ser a Globo, entrou no avião, não. Eu que fiz o handling do 225. Provavelmente devem ter utilizado fotos que estavam na internet. Eu estive durante todo o tempo na aeronave. Além da Globo, não vi nenhuma outra empresa ou meio de comunicação entrando na aeronave. E para entrar precisava de autorização do flight manager.”

Não citamos o nome das pessoas que foram nossas fontes e nem o nome de suas empresas (exceto VCP e GRU) para que a revista não os utilizem de alguma forma, intimidando-os, por exemplo, mas temos conosco todos os emails e gravações telefônicas como provas. “Não fotografamos, mas gravamos, portanto não dançamos!”

Podemos constatar, daí:
1)    Não é impossível entrar para fotografar ou filmar no Antonov 225, único de sua espécie e sempre transportando cargas ultra-mega-super valiosíssimas, donde se entende que o $ valor $ do seguro de seus transportes é enorme e, consequentemente, os cuidados da operação são redobrados e as restrições de acesso, compreensíveis;
2)    Quem se desdobra para conseguir, ainda assim, entrar, vai querer provar que o fez e como conseguiu a proeza. Como? Com imagens exclusivas. Já que informações (dados) exclusivas ou não se consegue fácil fácil por email, Whats app, telefone, internet, telex, sinal de fumaça etc: não se precisa entrar para se obter.
3)    Se alguém entra clandestinamente, burlando regras, segurança, pagando cafezinho ou não a alguém, não vai contar isso para os outros, muito menos sair falando pra todo mundo que entrou, embarcou etc. Muito menos publica fotos que supostamente fez às escondidas.
4)    Até o momento, provamos que, se um representante da revista entrou mesmo, como alegam, ninguém viu, ouviu, sentiu sua presença. Caso não tenha feito isso invisivelmente, estamos, a partir de agora, dando, conforme a Lei 13.188 de 11/11/2015, chamada por isso Lei de Direito de Resposta, o espaço equivalente nesse Blog para que a revista se manifeste a seu favor. Como poderá se manifestar?
4) a) Indicando como obteve as supostas autorizações e fotos usadas nas matérias que produziu, onde escreve “Entramos” e “Embarcamos”, nome das pessoas com quem conversou para isso, do início dos “contatos preliminares” até chegar, supostamente, à “Antonov Airlines”
4) b) Apresentando os emails trocados (certamente a autorização não foi apenas por telefone) ou outros documentos impressos de autorização.

Feito isso, daremos nossos parabéns à equipe pela extrema discrição em seu trabalho, feito sem que ninguém percebesse ou desse conta! (nem a segurança aeroportuária: a segurança foi falha???)

Caso contrário, só teremos que nos lamentar por estarem enganando seus leitores: muito mais digno é fazer uma reportagem sobre o Antonov ou qualquer outro assunto sem se vangloriar do que não fez, e dando a entender que supostamente fez.

E há outro ponto a se comprovar:
Thierry Deutsch, o fotógrafo cuja foto de 2001 foi usada como se tivesse sido tirada pelo Repórter Invisível em 2016 e em Guarulhos (a original foi em Le Bourget) avisou-nos que a revista alega que recebeu a foto da Antonov Airlines e que concordaram em lhe pagar míseros 50 por ela (esperamos que paguem mesmo).
Que tal provarem que foi mesmo a Antonov Airlines que forneceu a foto?

Aliás, revista, jornais, órgãos de internet, TVs e afins, quando éticos sempre colocam os créditos dos fotógrafos ou a origem exata das fotos que publicam. Ser não for assim, se ética em jornalismo for supérfluo, eu rasgo meu diploma e publico a fotos dos pedacinhos aqui mesmo no Blog!

Finalmente, dois esclarecimentos importantíssimos:

1) Como fiz parte da equipe da mesma revista por muito tempo e assisti à deteriorização de sua qualidade editorial, com amplo desrespeito não só aos leitores como principalmente aos seus colaboradores, um deles nonagenário, tenho o direito de desconfiar de tudo o que é publicado pela revista mesmo porque, um belo dia, ela leu e gostou do comentário de um de seus colaboradores, que aqui chamaremos de R1, que elogiava, via Facebook, a matéria feita por outro colaborador, que chamaremos de R2.  Então os editores “surrupiaram” o comentário do R1 via Facebook e publicaram-no na revista, alterando o sobrenome do mesmo R1, criando, assim, um comentário de leitor fictício, e sem pedir autorização ao R1, que achou isso muita falta de ética, tendo recebido como resposta do editor um “Ah, foi apenas uma brincadeirinha” (ou algo assemelhado).
Se isso não é enganar quem lê a revista (leitores reais), o que é, então?

2) Eu mesma descobri e desconfiei primeiramente do “Embarcamos” do texto da revista na Internet e pesquisei por minha conta e risco, para publicar tudo isso com exclusividade no meu Blog, sem estar prestando serviço para nenhuma outra revista quanto a isso. O Blog Caixa Preta da Solange é 100% “sério, independente, com qualidade editorial”, ainda sem “liderança em aviação” mas só quanto à liderança “oficial”, basta perguntar a quem me lê ou já me leu se gosta do que escrevo e se tenho credibilidade.


Caros leitores: a novela continua, aguardem mais capítulos!!!!!!

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Mais um fato lamentável, da Aero Magazine, que de uns tempos para cá, perdeu credibilidade por fantasiar e informar seus leitores com inverdades, e querer a todo modo criar situações aonde o pinóquio deveria ser o correspondente chefe.

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