NA SEMANA DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER (QUE DEVERIA SER TODOS OS DIAS, ALIÁS), CONTEÚDO ESPECIAL NO BLOG CAIXA PRETA COM SUA SEÇÃO CAIXA COR DE ROSA
(Foto: coleção pessoal da Cmte. Angelita de Araújo)
Números e números: quantas são ou quantas somos? (importa?)
Número de mulheres na aviação cresce 106% nas categorias de piloto
Levantamento exclui número de comissários de bordo, em que mulheres são maioria
Historicamente, os homens sempre dominaram os postos de trabalho no mercado da aviação. Pilotos, mecânicos e despachantes são maioria nesse segmento. No entanto, aos poucos, esse cenário tem sido alterado com o ingresso de mais profissionais femininas no mercado. O mais recente levantamento realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aponta um crescimento de 106% no número de mulheres com licenças ativas emitidas pela ANAC, excluindo a carreira de comissário de bordo que, historicamente, sempre teve mais profissionais mulheres.
No período de 2015 a 2017, o número de mulheres com licença de pilotos privados de avião (PPR) saltou de 279 parra 740, aumento de 165% nessa categoria. Outra categoria com aumento expressivo é o número de Pilotos Privados de Helicóptero (PPH), de 47 em 2015 para 167 em 2017, ou 255% no período.
Algumas categorias tiveram crescimento menos expressivo, como as de Piloto de Linha Aérea - Avião (PLA) de 29 em 2015 para 41 em 2017 e Piloto de Linha Aérea – Helicóptero (PLH) 14 para 22 no mesmo período. No total, o Brasil tem 1.465 mulheres pilotos contra 46.556 profissionais masculinos.
O número de mecânicas apresentou um crescimento de 30% no período, passando de 179, em 2015, para 233. No entanto, o número ainda é pequeno quando comparado aos profissionais do sexo masculino, 8092 em 2017.
As comissárias de bordo dominam a categoria. Ao todo, são 6.485 profissionais contra 3.335 homens habilitados para a função.
O levantamento de profissionais habilitados é realizado a partir da extração das licenças ativas emitidas exclusivamente pela ANAC. A Agência determina padrões para os profissionais da aviação civil que devem ser licenciados por meio de processos de formação pratica e teórica. Para saber mais sobre como se tornar um profissional da aviação civil consulte a página: http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/profissionais-da-aviacao-civil, no Portal da ANAC.
Veja o quadro completo das licenças em atividade dos profissionais de aviação habilitados pela ANAC.
(FONTE: Assessoria de imprensa da Agência Nacional de Aviação Civil)
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"O sol nasce para todos..."
(Por Ju Torchetti. piloto agrícola em atividade no Triângulo Mineiro)
"Essa campanha feminista por números não faz sentido algum, pelo menos aqui no Brasil.
Vivem chorando que o número de mulheres nessa ou naquela função é menor que o número de homens...
Gente, para de drama, pelo amor de Deus!
Vivemos num país onde a mulher é livre pra ser o que quiser!
(As que QUEREM MESMO, se tornam cientistas, mergulhadoras, boxeadoras, mães, celebridades...)
As que não querem fazer nada (direito delas), mas querem reclamar, vão culpar os outros por não estarem fazendo nada.
Mas vamos lá... qual o número de mulheres atualmente na função de descarregar caminhão com cimento?
Qual o número de mulheres trabalhando desentupindo fossas, capinando ou quebrando pedra? Bem pequeno, certo?
Não precisa ser nenhum gênio pra entender que elas não exercem essa função porque... elas não querem!!!
A quantidade de Aviadoras, se comparada à quantidade de Aviadores é pequena sim.
Mas deve ser porque muitas querem ser dentistas, dona-de-casa, médicas, escritoras... na atualidade, quem quiser ir a uma escola de aviação se brevetar, simplesmente VAI, ora bolas !
Já fui recebida por uma secretária em um curso assim : "Seja bem-vinda. Apesar de eu achar que aviação Agrícola não é ambiente pra mulher..”
Antes que ela terminasse a frase “de efeito” dela, eu já estava vestida com meu macacão e dando risada.
Se isso foi preconceito da parte dela, eu não sei e sinceramente não me interessa. Isso não atrapalhou minha carreira e nao me custou um centavo. Ela deve estar lá com o pensamentozinho dela e eu estou aqui, com cinco safras no currículo e feliz da vida.
Já viram aquelas modelos magérrimas? Pois então, muitas ouvem coisas do tipo “você está gorda, queriiiiida!” A criatura tá que é só pele e osso..
A vida é assim mesmo, moçada!
Vai ter gente negativa em todos os lugares.
Se você não quer ser vítima de preconceito simplesmente decida NÃO SER VÍTIMA!.
O que os outros pensam é problema deles, não seu.
Hoje em dia não dá nem pra ser dona de casa sem se incomodar, porque as feMIMIMInistas vão te acusar de ser submissa e objetificda."
Já dizia W.Churchill: “você nunca vai chegar ao seu destino se parar para atirar pedras em cada cão que late.”
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Enfim, importa sabermos números?
(Por Solange Galante)
Será importante quantificarmos as mulheres na aviação, especialmente as pilotos?
Mulheres são minoria como pilotos de avião, como motoristas de ônibus mas são maioria como comissárias de voo, como jornalistas, como costureiras, como babás, como secretárias, como professoras primárias.
Eu acho importante que números mostrem como esse universo (de qualquer profissão) evolui em um país.
Mas, é claro, não devemos nos prender a números, a preconceitos etc. Para desrespeito, no caso de currículos que sejam ignorados apenas por sexo, por exemplo, há Leis e como se defender disso. Vale para pessoas gordas, negras, deficientes físicos, se a atividade realmente for incompatível. Por exemplo: um ator gordo e albino não vai poder ser selecionado para uma peça em que o personagem é um africano subnutrido.
Voltemos às mulheres, especificamente à mulheres pilotos.
Demorará muito para, no mundo todo, mulheres pilotos não chamarem a atenção. Especialmente se forem muito belas e estiverem entrando no cockpit de um Boeing 747 ou Airbus A380. Ainda hoje eu reparo imediatamente se a motorista do meu ônibus for uma mulher, aqui em São Paulo. Uma admiração positiva.
Quando comecei a escrever o romance A Ás (https://agbook.com.br/book/209097--A_As) mulheres tentavam trabalhar como copilotos na Varig, a maior empresa aérea brasileira da época, mas Hélio Smidt, o presidente da companhia, dizia claramente que não queria mulheres pilotos. Mas ele morreu e, então, elas começaram a conquistar os cockpits.
Passados quase 40 anos desde que comecei a rascunhar o romance citado, tudo está mais fácil mas, aqui ou ali ainda surgem histórias engraçadas ou mesmo lamentáveis envolvendo mulheres pilotos, no mundo inteiro, não só no Brasil.
A principal personagem de "A Ás" encara o preconceito de diversas formas mas seu amor à aviação, levado às últimas consequências, é o único norte de sua vida. Então ela mal lamenta o que acontece com ela, quer mesmo voar e não fica se prendendo aos contrários.
Pessoalmente, quando encontro uma mulher piloto, sabendo que muitas de nós temos que ser ao mesmo tempo mães, esposas, filhas de pais autoritários, profissionais num país confuso como o Brasil etc, lhe rendo homenagens, abraços e beijos especiais, confesso, fico mesmo muito tiete! Pois acredito muito nelas e meu carinho pela aviação me enche de orgulho por suas conquistas!
Parabéns a todas as mulheres na aviação, especialmente as Aviadoras!