27 de fevereiro de 2013
UMA ANDORINHA NÃO FAZ
VERÃO...
MAS algumas PESSOAS SÃO
INSUBSTITUÍVEIS
Sempre
comprometida com a preservação da história da aviação brasileira, bem como de
atividades de interesse público relacionadas à aviação, Caixa Preta já divulgou,
nestas linhas, grande iniciativas a esse favor, uma delas o Programa Espaço
Livre – Aeroportos, idealizado pelo Conselho Nacional de Justiça, e tendo como
principal “general” dessa batalha o Meritíssimo Marlos Melek. Já publicamos
aqui entrevista exclusiva com o mesmo, fotos internas dos últimos Boeings da
Transbrasil aguardando destino, e previmos os próximos passos. Também dentro do
mesmo Programa, todos aviões da Vasp de Congonhas foram desmanchados e/ou leiloados,
e Caixa Preta também esteve lá para testemunhar os novos tempos da aviação
brasileira.
No
entanto, o Dr. Marlos optou, após dois anos de CNJ, por retornar a seu estado
natal, o Paraná, ficando também mais perto do Aeroclube Aero Asas, que ajudou a
idealizar e fundar. No CNJ, apenas 5% de seu tempo era destinado à aviação,
justamente o Programa Espaço Livre – Aeroportos. Mas ele não deixou Brasília
sem, antes, juntamente com a Dra. Eliana Calmon, também idealizadora do
programa, e que também deixaria Brasília, deixar tudo esquematizado para ter
prosseguimento com nova equipe.
Dr.
Marlos e Dra Eliana deixaram o CNJ no dia cinco de setembro passado. Depois
disso, era natural que os novos juízes e seus subordinados precisassem de um
tempo para se adaptar à nova casa e às novas responsabilidades.
Só
que o tempo foi passando, passando, e não surgiam novidades dentro do Programa Espaço
Livre - Aeroportos. Cheguei a entrar em contato com o perito que analisava o
material que sobrara da Vasp, para futuras vendas e leilão, o qual também
acabou sendo escolhido para avaliar o material e os aviões da Transbrasil, e eu
soube que ele abandonou essa segunda missão aparentemente por desentendimentos
com um dos administradores da massa falida da empresa aérea de Brasília. A
seguir, tentei, por diversas vezes, em vão, por telefone e e-mail, tudo devidamente
documentado, contato com quem, no lugar do Dr. Marlos, deveria estar pondo para
funcionar novamente – já que havia parado por algum tempo, na troca de equipe –
o Programa Espaço Livre.
Como
mantive contato com o Dr. Marlos a respeito do andamento (ou falta de) do
programa, manifestando minha preocupação não só com os aviões da Transbrasil
mas também outros que ainda nem estavam listados para receberem isenção de taxas,
por exemplo, para facilitar sua remoção dos aeroportos, ele também se mostrou
preocupado.
O
Dr. Marlos era uma andorinha no CNJ mas juntou outras pessoas e representantes
de outras entidades para fazer a coisa acontecer. Por isso que digo que muitas
pessoas são insubstituíveis. Duvido, infelizmente, que alguém movimente o
Programa como ele movimentava.
Se
voltarmos à situação anterior, de aviões parados ali e aqui, além dos que já
estavam prestes a serem removidos e não o foram ainda, temos é que denunciar e
divulgar, afinal, quem cala, consente... Ou seja: não deixar que nossos
aeroportos virem novamente grandes cemitérios de aviões, justamente quando mais
precisamos de espaços livres para ampliação de nossa infraestrutura
aeroportuária.
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art.
31, inc. III, da Lei n. 7.565/86 – Código Brasileiro de Aeronáutica), assim
está definido: "
I - aeroporto:
aeródromos públicos, dotados de instalações e facilidades para apoio de
operações de aeronaves e de embarque e desembarque de pessoas e cargas;
II - Helipontos: os
aeródromos destinados exclusivamente a helicópteros;
III - Heliportos: os
helipontos públicos, dotados de instalações e facilidades para apoio de
operações de helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas e
cargas."
Sendo, os
“heliportos”, “públicos”:
“Art. 36. Os
aeródromos públicos serão construídos, mantidos e explorados:
I - diretamente,
pela União;
II - por empresas
especializadas da Administração Federal Indireta ou suas subsidiárias,
vinculadas ao Ministério da Aeronáutica (sic);
III - mediante
convênio com os Estados ou Municípios;
IV - por concessão
ou autorização.”
No entanto, um
grande “heliponto” de São Paulo, já em funcionamento, se diz “heliporto” usando
o slogan “Um heliporto como São Paulo merece”.
Portanto, não o é. Outro, por sua vez, registrou logo de início o termo
“helicentro”, que outros helipontos tentaram usar mas, se está registrado, não
o devem. Pra resumir a história: são todos HELIPONTOS, independente do tamanho
que tenham.
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FONTE:
Revista EXAME VIP, outubro de 1997
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“NOSSAS
PRINCIPAIS SEÇÕES”
DEU N@ INTERNET
“Gol será multada pela Anac
A agência que regula o setor não gostou do alto índice de atrasos nos vôos da empresa. Todos os guichês de check in das empresas deverão ser ocupados nos horários de pico.
Fábio William - Brasília
A decisão está tomada: a Gol, vice-líder do mercado de aviação civil vai ser
multada pela Anac, a agência que regula o setor e que não gostou do alto índice
de atrasos nos vôos da empresa. Os milhões de brasileiros que viajam de avião nessa época do ano podem não perceber, mas a operação nos bastidores dos grandes aeroportos brasileiros é gigantesca.
(...)
“Nós costumamos dizer que o aeroporto é um grande condomínio e a Infraero é a síndica do condomínio", diz Eliane Arnaldo, gerente de operações da Infraero.
Tudo tem que ser coordenado. A mala é pesada e vai para esteira. Longe dos olhos do dono ela segue vários metros até escorregar e se juntar à muitas outras. Depois é hora de ir para o carrinho e daí para o avião. Diogo é um dos responsáveis por carregar as malas.
É muita mala. Umas seiscentas, por aí, se não for mais, diz Diogo Queiroz, auxiliar de rampa.
(...)
Tem os que precisam se carregar... De paciência. No balcão de informações, há passageiro que quer embarcar até em companhia que não existe mais.
Um passageiro que chegou perguntando sobre um vôo com a Transbrasil, uma empresa que já não existe há mais de dez anos, diz Harley Vasconcelos, supervisor de recepção.
(...)
Pra quem acha que o trabalho por aqui é pouco, o chefe responde. “É um olho numa tela. É outro olho em outra tela, um ouvido num rádio, outro ouvido em outra escuta. Então, dependendo da hora, é muita atividade ao mesmo tempo", diz Antenor Pereira, coordenador controle operacional do aeroporto.
(...)
E sobre os atrasos nos vôos da Gol, a empresa informou que reforçará o atendimento para o Reveillon em horários de pico nos principais aeroportos brasileiros.”
(Minha
observação: na verdade, mal faziam sete anos desde que a Transbrasil tinha
parado de voar. Agora, independentemente disso, ainda querer embarcar pela
companhia, dá licença...)
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VALE A PENA LER DE NOVO
De
CAIXA PRETA # 1/2000
DIRETAMENTE DA PRÓPRIA CAIXA PRETA: *
CHOVE, CHUVA...
Avião n º 1, em aproximação para Congonhas,
após muita chuva na capital paulista (condição que causou muitos atrasos nos
vôos), perguntando à Torre: -- A pista está molhada?
--
Molhada. – respondem – Mas não chove, no momento.
Avião
n º 2, ainda na freqüência da Torre São Paulo: -- Acabo de decolar e a pista
está seca.
Torre:
-- É, está seca de tanta gente decolando dela...
CARONA
PAGA
A coordenação
de uma empresa aérea contata um avião no solo, pelo rádio:
-- Você
está indo para Brasília? O comandante fulano quer saber se você pode levá-lo no
jump seat.
-- Ele
paga?
-- Meia
entrada. Apresentou aqui o cartão de descontos do Estadão...
(*
diálogos verídicos)
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DIRETAMENTE DOS NOSSOS
“ARCHIVOS”
Folheto da Panair que era entregue para os passageiros em 1939, mostrando aeronaves “botes voadores” Commodore.
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NOSSA NADA MODESTA COLEÇÃO DE PÉROLAS VOADORAS
(Erros da imprensa que capturamos por aí. Vamos contar os pecados, mas vamos manter sigilo dos pecadores...)
A Pérola da imprensa especializada em agosto de 2006 (revista 01)
“A primeira companhia nacional a adotar o modelo
canadense (Dash-8) foi a TABA, que operou seis exemplares da série 300 desde 1976.”
Na verdade, ela somente
os operou a partir de 1991, ou seja, muuuuuuito depois...
A Pérola da imprensa não-especializada em 09 de abril de 2010 (emissora de TV 06)
“A água chegou perto das pistas do aeroporto de Santos Dumont ....”
O aeroporto chama-se
simplesmente Aeroporto Santos Dumont, não é de nenhuma cidade com esse nome nem
mesmo do próprio Pai da Aviação. Aliás, ainda pronunciaram “di” Santos
Dumont...
A Pérola da imprensa especializada em junho de 2010 (revista 02)
“A primeira entrega deverá ocorrer até o final deste ano
para a empresa holandesa Cargolux.”
A empresa Cargolux não
é holandesa, é luxemburguesa.
A Pérola da imprensa especializada em janeiro de 2012 (revista 02)
“No mesmo ano, o famoso hidroavião Jaú, pilotado pelo brasileiro João Ribeiro de Barros e seus dois tripulantes, João Negrão e Vasco Cinquinhe, marcaram presença na ilha
(...).”
Três erros na mesma
frase: o nome correto do avião é escrito Jahú; eram três os tripulantes (lamentavelmente, o texto
omite o nome de Newton Braga) e o
nome correto do último tripulante é Vasco Cinquini.