sexta-feira, 25 de junho de 2021

Speech BIO

                            


(por Solange Galante)

Bem-vindos ao Speech BIO!!!

Mas, o que é Speech BIO???

Aqui, BIO é de "Biografia". São trechos da minha biografia pessoal profissional comentada!

que eu vi... e/ou

que eu soube... e/ou

que eu fiz... e/ou

que me contaram...

(Do qual tudo tenho provas/testemunhas/registros!)

Você vai gostar de saber verdades, e até vai se divertir também!!!

Afinal, este é um Blog de bastidores!!! Aqui sempre se foge do previsível!!!  😉😉😉

"Afinal, por que eu gosto tanto da Lufthansa?"

Parte 1


(exceto quando identificada, todas as fotos são de minha autoria. Respeite o direito autoral)

Eu tenho um amigo que é maluco pela companhia aérea holandesa KLM. Ele adora a KLM. Procura ter tudo no tom azul da KLM. E comenta com outras pessoas (especialmente para quem não é entusiasta da aviação) que, normalmente, quem gosta de aviação comercial sempre tem uma companhia predileta.

 

Depois que ouvi esse comentário dele, eu pensei “Hum... qual posso considerar a MINHA companhia predileta?” Entre as nacionais, eu sempre preferi a hoje saudosa Transbrasil mas, e entre as estrangeiras?

 

Não foi preciso pensar muito e já encontrei: a que mora no meu coração é a alemã LUFTHANSA!

 

Mas... por quê?

 

Matutei... matutei... e logo uma história se formou na minha mente...

 

Quando comecei a gostar de aviação, uma paixão muito forte, aliás, era inevitável querer trabalhar na aviação. E quando eu completei 18 anos de idade, a opção mais provável seria ser aeromoça. Já que quase não se falava em mulher ser piloto de avião, tanto que o livro da suposta pioneira PLA Lucy Lúpia Balthazar já era bem famoso, mostrando as dificuldades para isso, e, de qualquer maneira, ser aeromoça parecia ser um caminho “mais barato”.

 

Na época, meu amigo jornalista Lenildo Tabosa Pessoa me avisou que a companhia Lufthansa iria contratar comissárias de bordo brasileiras. Além do idioma inglês – que eu então já tinha pelo menos intermediário – teriam que falar alemão, tanto que Lenildo me presenteou com um livro chamado “O Alemão Sem Custo”, acompanhado de fitas cassetes (naquela época nem existiam CDs) para eu ir tentando aprender esse idioma autodidaticamente.  Não avancei muitas lições, porém, mas eu ainda tenho todo esse material e, ouvindo, naquela época, rádios em alemão em um receptor de Ondas Curtas que eu possuía, comecei a tomar gosto por esse idioma!

 



Para se candidatar à aeromoça na empresa alemã eram também necessários alguns exames médicos e envio de fotos de corpo inteiro, trajando saia e salto, como se fosse uma aeromoça mesmo...

 

Eu e minha mãe fomos providenciando tudo. Foram várias fotos feitas em estúdio fotográfico, uma das quais é a que eu publico em primeiríssima mão aqui!


(As várias fotos foram feitas sob encomenda para esta cliente mas não foi registrado o nome do autor.)

Mas, não foi o suficiente, e não fui chamada para seleção... 😢

Observo que, pouco antes, eu já tinha ido com minha mãe tentar alguma colocação na Vasp, mas também não fui adiante. A Lufthansa foi a companhia onde eu cheguei mais perto de ser selecionada.

 

É claro que isso por si só não seria o suficiente para eu admirar demais justamente essa empresa aérea do exterior. Muito pelo contrário, por não ter conseguido ir trabalhar nela, poderia até me fazer esquecê-la. Mas, tive outros estímulos, digamos assim.

 

Uma das primeiras revistas de aviação que comprei com alguma regularidade (aliás, minha mãe comprava, já que eu ainda não estava trabalhando) foi a “Aero” (nada a ver com a Aero Magazine), que publicava regularmente matérias sobre a Lufthansa, como estas das fotos.





Essa, entre outras revistas, também me levaram a admirar o famoso Barão Vermelho, da Primeira Guerra. Tem gente que já m criticou por isso, e geralmente são pessoas que acham que todo alemão é criminoso ou, pior, nazista. Neste caso, eu admiro Manfred von Richthofen por ser ele da época ainda "romântica" da  aviação, onde o piloto tinha que superar aeronaves ainda pouco confiáveis, em comparação às fabricadas décadas depois, portanto, sua habilidade e destreza é o que fazia a diferença. E como ele foi o maior ás daquela guerra, e cuja biografia eu li, a admiração teve vitamina.

 

Fora isso, anúncios da Lufthansa, simples, compostos invariavelmente por uma foto, uma frase no alto e uma (ou apenas seu nome) na parte inferior da página de fundo branco, também me chamavam a atenção, e eram publicados tanto de revistas de aviação quanto em revistas semanais ou quinzenais de informação geral como Veja, Exame etc





Por outro lado, minha mãe dizia que minha avó materna contava ser filha de um alemão e uma polonesa OU de um polonês e uma e alemã e durante décadas pensei ter sangue alemão. Mas, recentemente, comprovei por documentos que ambos pais de minha avó materna eram poloneses, o que também não deixa de ser um orgulho! De qualquer maneira, eu já estava admirando a cultura alemã.

 

Anos mais tarde, já trabalhando como jornalista de aviação, pude conhecer melhor a Lufthansa e, a propósito, sempre fui bem atendida por ela.

 

Ao decidir, com um ex-amigo, conhecer a Europa pela primeira vez, em 2011, a Alemanha foi um dos países escolhidos por nós para visitar (o outro foi a Holanda, porque o outro amigo, apaixonado pela KLM, quase foi conosco). Na volta, eu realmente estava convicta de admirar muito a Alemanha e o povo alemão.

 

Eu nunca havia voado antes com a Lufthansa até essa viagem de 2011! E como participei da viagem de reinauguração da rota Frankfurt-Rio de Janeiro, ganhei este lindo chaveiro da foto, além de, por ser jornalista e ser recomendada pelo diretor de comunicação da companhia, ganhar um upgrade para a classe executiva, no voo de ida para a Alemanha!






Mas as emoções tiveram início ainda antes da chegada da aeronave, quando a Infraero (então administradora do Aeroporto do Galeão) permitiu que jornalistas e spotters (eu incluída) pudéssemos aguardar o A340 lá no pátio, fotografar seu batismo de boas-vindas e fotografar o bolo com a tripulação. Só não participei da degustação porque tive que correr para os trâmites de segurança e de embarque para voar no mesmo avião em seu retorno à Europa, duas horas depois!






"Afinal, por que eu gosto tanto da Lufthansa?" terá continuação! Aguarde o próximo texto!

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