domingo, 15 de outubro de 2017

SPEECH

MAIS UMA VEZ FOMOS ENGANADOS
(Atualizado em 23 de outubro)


(Por: Solange Galante)


Foto: Reprodução do Youtube


Em março passado, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) nos garantiu que a cobrança pelo preço das bagagens "pelo menos" facilitaria a redução no preço das passagens aéreas, como acontece em outros países. Claro que só acreditou nisso quem acredita em coelhinho da Páscoa,aquele que nos traz ovos de chocolate deliciosos. Tanto que o PROCON meteu boca, mas, infelizmente, não adiantou...
Agora, a primeira a se calar foi a ANAC. Engraçado, né?
Por outro lado, lembro muito bem  que pelo menos uma companhia aérea brasileira logo se antecipou e NÃO garantiu esse decréscimo no preço do bilhete. Uma companhia laranja, para ser mais exato. Pelo menos, ela tirou o corpo (e as asas) fora.
O maior problema é o serviço de lixo que nos é ofertado por todas as companhias, sem exceção, comparado com o custo das viagens. A culpa, elas dizem, são dos impostos e Custo Brasil.
Sem dúvida, nosso governo, não é de hoje, prejudica o transporte aéreo, mas jogar o ônus no colo do viajante não deveria ser a (única) estratégia das companhias.
Enquanto isso, uma outra empresa aérea cria uma campanha com musical estilo Broadway e pelo menos uma passageira frequente que conheço e voa na mesma entre São Paulo e Rio de janeiro, por sua vez, afirma com todas as letras que é horrível voar nos aviões da empresa nessa rota: poltrona que não funciona, bancos rasgados, ar condicionado frizer, para citar alguns exemplos do que ela encara quando PAGA para viajar. Tá, o lanche é o melhor que das outras, mas ela raramente come a bordo: preferiria conforto, já que é de maior estatura. Ela já viajou em outras companhias e preferiu, em parte, o conforto das outras. Mas, por conveniência de horário e até promoções, acaba retornando, eventualmente, à companhia "da Broadway".

Veja no link abaixo, a partir de +- 31min30, reportagem e comentários a respeito no Jornal da Cultura de sexta-feira passada e pense a respeito.

https://www.youtube.com/watch?v=KpRxA6kkDvg

---------------

Veja, a seguir, comentário do internauta pelo Facebook (compartilhamento autorizado pelo mesmo):

Morose Sfqns Eu viajo menos que todos vocês mas sempre fui observador. Pesquisaram antes o que os passageiros queriam. Alguns disseram que queriam passagens SEM BAGAGEM. Assim foi feito. Eu sempre retornei com 2 malas com 32kg cada uma... Vou pagar bem mais agora por conta dos "sem bagagem". Note-se que a maioria daqueles que viajam "sem bagagem" estão voando por conta das empresas onde trabalham e num bate e volta... Aqueles que vão passear precisam de roupas que fazem volume e também pesam. Se não levar roupas suficientes, acabará gastando em lavanderias ou em perfumarias...

-----------------------------------------------

No dia 15 de outubro a Abear - Associação Brasileira das Empresas Aéreas divulgou o posicionamento abaixo a respeito da polêmica divulgada pela imprensa, em relação ao preço das passagens aéreas. Cumprindo nosso papel de jornalismo sério e independente, estamos reproduzindo-as na íntegra abaixo.
Observo em em nenhum momento a Abear opinou sobre a falta de qualidade no serviço das companhias aéreas brasileiras X preço da passagem que, como expus acima por meio de depoimento de uma pessoa que conheço mas prefere não se identificar  e dos comentários no Jornal da Cultura, estão na cara.
Observo ainda que aqui e ali, em em determinadas rotas e companhias, há exceções (excelente serviço). Mas são exceções, enquanto que o preço das passagens não contém exceções.

Com a palavra, o passageiro (se doeu no bolso, o preço estará caro sim).

=====================================
15/10/2017
POSICIONAMENTO ABEAR
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) reafirma os dados preliminares apresentados em setembro, quando informou tendência de queda entre 7% e 30% nos valores dos bilhetes de suas associadas entre julho e setembro deste ano, em comparação com igual período de 2016. Esse levantamento foi feito a partir de uma média da amostra de tarifas efetivamente comercializadas, de acordo com a rota, os prazos fornecidos por cada empresa aérea e diferentes períodos de antecedência de compra.  Esse cálculo comprova que uma das maiores preocupações das associadas ABEAR é a de sempre oferecer tarifas mais justas para o consumidor, com o objetivo de tornar a aviação comercial brasileira cada vez mais acessível: em agosto de 2017, foram transportados 7,6 milhões de pessoas em voos domésticos, ou 400 mil passageiros a mais na comparação anual.

A ABEAR respeita todas as metodologias de levantamento de preços de passagens aéreas que têm sido divulgadas, mas entende que há diferenças entre os critérios utilizados porque são amostras que coletam dados dos sites das companhias aéreas em diferentes períodos e em alguns trechos. São bilhetes ofertados, não necessariamente vendidos. Já os dados disponibilizados pelas empresas aéreas para a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) seguem os critérios de bilhetes efetivamente comercializados.
ABEAR
A ABEAR foi criada em 2012 pelas cinco principais companhias aéreas brasileiras – AVIANCA, AZUL, GOL, TAM (atual LATAM) e TRIP (que uniu-se à AZUL), com a missão de estimular o hábito de voar no Brasil. Entre suas estratégias de atuação estão planejar, implementar e apoiar ações e programas que promovam o crescimento da aviação civil de forma consistente e sustentável, tanto para o transporte de passageiros como para o de cargas. As empresas fundadoras representam 99% do mercado doméstico, empregam 58 mil pessoas, dispõem de mais de 500 aeronaves e fazem cerca de 2.700 voos diários. A entidade tem ainda mais quatro associadas: BOEING, BOMBARDIER, LATAM CARGO e TAP.

=========================================================================



Nenhum comentário:

Postar um comentário