(foto: Solange Galante)
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Plantão Caixa Preta
(foto: Solange Galante)
quarta-feira, 13 de junho de 2012
CAIXA PRETA # 82
13 de junho de
2012
CARISMA
Carisma: substantivo masculino. “Conjunto de habilidades e/ou poder de
encantar, de seduzir, que faz com que um indivíduo desperte de imediato a
aprovação e a simpatia das massas; Qualidade pessoal ou capacidade de despertar
admiração, respeito, entusiasmo etc. e, com isso, de liderar, ter influência.”
Eu
penso que faça falta, nas companhias aéreas brasileiras hoje, esse substantivo.
Hoje, acabada a história de glórias da Varig, da Transbrasil e da Vasp,
sentimos a verdade disso.
Conversando
com o Juiz que administra o processo de falência da Viação Aérea São Paulo, ele
comentou comigo como se surpreendeu diante de credores, funcionários da
empresa, que ainda se sentem orgulhosos de terem pertencido a uma verdadeira
família, não de Sousas, Silvas, Teixeiras, Limas etc, mas da família
“Vaspeana”. Mesmo sendo credores e após cinco anos da falência decretada.
E
a Varig, então? Deixou milhares de “viúvas” e “viúvos”, “órfãos” e “órfãs”,
todos da família “Variguiana”, desde o dia daquele leilão que dividiu a Varig
em duas, e ambas as partes sucumbiram (ou você acha que o nome Varig ainda
estampado em alguns Boeings hoje é ainda a “VARIG”?).
E
a Transbrasil? Considerada até hoje uma das companhias mais simpáticas do
Brasil, com seu fundador e presidente tocando piano no aeroporto e pousando um
B767 só por lazer como quem pousa uma flor em uma mesa? Sempre a menorzinha,
com menor frota, participação no mercado, malha etc, e a mais jovem das três.
Mas uma das mais queridas, sem dúvida!
Recentemente,
levei a uma feirinha de colecionadores diversos objetos da Vasp, entre usados e
não usados, para vender. Em menos de uma hora todos haviam sido vendidos, e
praticamente sem os interessados discutirem o preço. Já os objetos que eu tinha
levado de companhias “mais recentes”, pela terceira ou quarta edição da
feirinha, permaneceram encalhados.
Com
todo respeito pelas famílias que construíram as companhias aéreas brasileiras
líderes hoje, não vejo nenhum de seus funcionários bater no peito com orgulho
de ser da TAM ou da Gol ou tanto quanto orgulhosos eram os Variguianos, os
Vaspeanos e os “Transbrasilianos” (se essa palavra não existe, o sentimento
existia sim). Claro, hoje as regras são outras, a competição, os custos, as
necessidades, e o romantismo na aviação acabou. Eu, que acompanho o setor há
mais de 30 anos, sinto no ar como são diferentes os tripulantes, os aviões, o
serviço de bordo, enfim, tudo, da aviação brasileira atual. Talvez seja apenas
sinal dos tempos, quem sabe?
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SERÁ QUE A GENTE NÃO DEVERIA
OLHAR PARA OS NOSSOS AEROPORTOS ANTES?????
Fonte:
Brazil to fund Tamale International airport expansion project
6 June 2012
The modernisation of Tamale Airport, which is part of the Savannah Accelerated Development Authority (SADA) programme, will allow the it to gain international status and make it a major export hub for farm-produced goods and other products.
Following the discussions, Brazil's national EXIM bank BNDES will finance the project, while construction work will be carried out by Brazilian infrastructure development firm, Queiroz Galvao.
The firm has signed a memorandum of understanding with the Ghana Ministry of Transport and has finished the required designs and phasing for the project.
During the initial phase, Queiroz Galvao will expand the existing runway to handle large body aircrafts, which will take about a year to complete, and construct an international standard terminal facility, expected to take nearly two years to complete.
The next phase includes the provision of additional services, such as hangers, a maintenance area, catering and ground handling.
During the final stage, Queiroz Galvao will construct a cargo village for fresh fruit farmers in the Savanna regions, as well as the various processing companies in the area.
According to the government, the overall project is expected to be completed in four years. Following which, the airport is expected to increase its passenger handling capacity exponentially from the current limit of 1,500.
The Tamale International Airport, managed by the Ghana Airport (GACL), will repay the financing amount from its own operations.
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DOIS AVIÕES, MESMO VOO
Fonte: Novela
“Insensato Coração” (2011)
Mas os tripulantes e passageiros desembarcaram mesmo deste:
Veja mais perto:
Escolha o seu
preferido!!!
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“NOSSAS PRINCIPAIS
SEÇÕES”
DIRETAMENTE DOS
NOSSOS “ARCHIVOS”
Anúncio da Panair do Brasil de 1946
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CAIXA PRETA DE SHAKESPEARE
Em
alguns casos, ele apenas presta serviços para os operadores de aeroportos
(...). Faz a interface com empresas de cathering, handling
e combustível (...).
(fonte: Revista “2”, outubro de 2009 )
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NOSSA NADA MODESTA COLEÇÃO DE PÉROLAS VOADORAS
(Erros da imprensa que capturamos por aí. Vamos contar os pecados, mas vamos manter sigilo dos pecadores...)
A Pérola da imprensa especializada em setembro de 2009 (revista 2)
“A cabine de
comando, repleta de relógios e instrumentos de voo, também tinha espaço para o engenheiro aeronáutico.”
A cabine, no caso, era do Concorde e, é
claro, estavam se referindo a engenheiro de voo, pois “engenheiro aeronáutico” geralmente não compõe tripulação...
A Pérola da imprensa especializada em setembro de 2009 (revista 1)
“O Olckheed C-5B, o maior avião de
transporte da USAF, pousa na pista de Wittman Field..”
Claro que o nome corretamente digitado é “Lockheed...”
A Pérola da imprensa especializada em fevereiro de 2011 (revista 2)
“Ainda não se
sabe a causa do acidente e a caixa preta
da aeronave também não foi encontrada.”
O acidente, no caso, foi com o Airbus A330
da Air France. Como há duas “caixas pretas” nos aviões, o FDR e o CVR, e
nenhuma havia sido encontrada até então, o certo é que “as caixas pretas” não haviam sido encontradas.
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VALE A
PENA LER DE NOVO
De CAIXA PRETA # 51 / 2006
Encontrei essa pérola em uma
comunidade no Orkut:
“A causa do acidente,
segundo a mídia
Acidente ocorrido com CITATION em Criciúma, Santa Catarina em 1995. Notícia publicada no DIÁRIO CATARINENSE fazia sensação em dizer que:
- " A provável causa do acidente foi porque o PLANO DE VÔO não foi encontrado entre os destroços da aeronave ". É de doer na alma...”
Sem comentários...
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Guerra de revistas usando uma arma de peso: o A380
Revista
“4”, edição de março de 2012: o repórter voou na classe executiva do avião; em
abril, o mesmo repórter voou no avião de demonstração. Claro, em ambos, como
passageiro.
Revista
“2”, edição de abril: o repórter desta... pilotou o avião!...
O que
falta vir por aí?
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ENQUANTO VOCÊ ESTAVA NA FIDAE 2012
OLHANDO PARA O CÉU...
...
acontecia, paralelamente à feira de Santiago do Chile, a conferência Wings of
Change da IATA e o passageiro foi o foco principal de um dos fóruns.
por Solange Galante
Após décadas de aperto, desde que a aviação perdeu o seu glamour e voar tornou-se mais acessível para todos, companhias aéreas e fabricantes de aeronaves passaram a se preocupar mais com o conforto de seus clientes finais. Afinal, hoje os passageiros procuram se informar mais, trocar idéias com outros viajantes e selecionam melhor avião e companhia para suas viagens. Atenta a isso, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), entidade que reúne mais de 240 companhias aéreas em todo o mundo, inseriu o tema Tecnologia e a Experiência do Passageiro na sétima conferência Wings of Change (Asas da Mudança) promovida pela Associação e realizada paralelamente à Feira Internacional do Ar e Espaço (FIDAE) 2012. A Wings of Change ocorreu durante três dias, com palestras de importantes executivos que discutiram a aviação comercial na América Latina e no Caribe. No penúltimo dia sentaram-se juntos no palco do salão de conferência da FIDAE Frederico Curado, diretor-presidente da Embraer, Rafael Alonso, vice-presidente para a América Latina e Caribe da Airbus, Randy Tinseth, vice-presidente de marketing de aviões comerciais da Boeing, Cyrille Bataller, diretor da Accenture (empresa global de consultoria para serviços de tecnologia e terceirização) e Norbert Steiger, vice-presidente regional de vendas e gerenciamento de relacionamentos para a América Latina e Caribe da SITA (empresa especializada em Tecnologia da Informação e comunicações em transportes). Sob a moderação de Margaret Gilligan, representante da Administração Federal de Aviação (FAA) norte-americana, os executivos apresentaram a solução de suas empresas para tornar mais agradável a experiência de voar de seus clientes finais.
Frederico
Curado – que, infelizmente, teve que ir embora logo após o fim de sua própria palestra
– apresentou o Fator PAX . PAX é “passageiro” no código “airimp”, usado em
aviação e turismo. O “PAX Factor” apresentado pelo presidente da Embraer
engloba um conjunto de ferramentas para entender e atender às preferências e
necessidades dos viajantes. Com o poder de decisão nas mãos, os passageiros de
hoje são mais informados e motivados para pagar mais por uma experiência de
viagem melhor e não são passivos, muito menos indiferentes a ponto de aceitar o
que as companhias aéreas lhe oferecem como única alternativa. Eles também
trocam ideias com outras pessoas sobre suas experiências com as empresas.
Curado citou depoimentos de CEOs da Flybe (Jim French) e da Virgin Blue (Brett
Godfrey), respectivamente: “85% de nossos bilhetes são vendidos pelo site”;
“Hoje é possível pesquisar sobre qualquer coisa online. Desde informações sobre destinos até sobre as companhias
aéreas, assentos nos aviões e produtos específicos.”. Isso confirma que o passageiro
pesquisa muito antes de selecionar a companhia aérea e o avião onde quer voar.
E
o que está sendo feito para melhorar a experiência do passageiro? Curado
apresentou o uso de melhores soluções para esterilizar e purificar o ar na
cabine; melhora na conectividade; melhor conforto térmico em temperatura,
umidade, velocidade do ar e radiação, além de diretrizes e conceitos de design para criar um controle de clima
individual. A engenharia da
fabricante brasileira desenvolve ferramentas para prever a percepção do
passageiro quanto à vibração e acústica (ruídos) e evitar o desconforto dos
ouvidos humanos e a fadiga diante da baixa pressão em altitude. Para tornar as
cabines mais ergonômicas, são analisadas as fontes de desconforto em potencial
e estabelecidas diretrizes para evitá-las e garantir o bem estar do passageiro
ao mesmo tempo em que o uso de materiais naturais para a cabine atendem aos
interesses ambientais. A experiência da família de E-Jets da Embraer teria
trazido como lição que cortar custos é necessário mas isso é apenas parte de
uma equação e que as companhias aéreas podem lucrar mesmo pensando no maior
conforto do passageiro, podendo até mesmo garantir sua fidelidade ao utilizar
aeronaves adequadas às suas escolhas.
Rafael
Alonso, da Airbus, por sua vez, observou que os passageiros querem ter a bordo
entretenimento e conectividade, alimentos e bebidas, como têm em terra, bem
como espaço para tudo o que transporta consigo, além de um ambiente agradável
para viajar. Isso tudo requer investimentos em tecnologia e entretenimento para
todas as classes, iluminação adequada, janelas panorâmicas, mais espaço para o
conforto pessoal de passageiros fisicamente maiores, carregando consigo
computadores, crianças e seus acessórios etc. Segundo Rafael Alonso, mais até
do que o pitch – a distância entre as
poltronas – é a largura do assento que influencia muito a sensação de conforto
do passageiro. Ele citou a tradição de conforto da Airbus quanto a isso desde
os modelos pioneiros A300 e A310, com 24 polegadas a mais de cross-section que os concorrentes de
então, até as 222 polegadas totais do A330 em largura de fuselagem. Ele
destacou que o A320 é sete polegadas mais largo que a concorrência atual –
leia-se, os Boeing 737 – e não deixou de lembrar que é da Airbus o avião que
possui a cabine mais larga já construída: o A380.
Poe
sua vez, Randy Tinseth, da Boeing, usou o novíssimo Dreamliner (Boeing 787)
como exemplo do que sua empresa está fazendo pelos passageiros. As principais
inovações são o uso de materiais compostos na estrutura; motores de nova
geração e aerodinâmica avançada, além daquelas que os passageiros podem ver e
sentir, como a altitude de cabine menor (seis mil pés), o que reduz queixas de
dor de cabeça e fadiga, comuns nas altitudes de cabine mantidas normalmente em
oito mil pés; ar mais limpo e purificado; melhorias no controle de temperatura,
qualidade de som dos sistemas de entretenimento etc.
Em
sua apresentação, Cyrille Bataller, da Accenture, lembrou que mesmo enfrentado
gargalos na infraestrutura, a indústria aérea continua crescendo e o
processamento operacional de passageiros em terra, após 100 anos de aviação,
tem se tornado mais complexo e incômodo causando-lhes um impacto negativo.
Nesse momento surgem novas tecnologias biométricas e de localização, como o
sistema de reconhecimento de face usado no aeroporto de Heathrow, em Londres.
Ele citou também o controle de passaporte “self-service” lançado naquela mesma
semana no aeroporto Schiphol de Amsterdã, que também usa reconhecimento de face,
e que beneficia passageiros da União Europeia e outros países daquele
continente cujo passaporte possui chip. E Norbert Steiger, da SITA, apresentou
um vídeo que praticamente resume tudo o que os demais palestrantes
identificaram como características dos passageiros atuais, seus desejos e
perspectivas.
É
isso aí. Feira aeronáutica não vive só de avião subindo ou descendo ou aeronave
posando para fotos no pátio sob sol escaldante...
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segunda-feira, 4 de junho de 2012
Plantão Caixa Preta
Vejam na edição de junho da Avião Revue minhas seguintes matérias:
*Entrevista com Alexander Zschocke - Gerente sênior de biocombustíveis da Lufthansa
(foto: divulgação Lufthansa)
*Lembra quando os voos domésticos brasileiros tinham classe executiva?
(foto: Solange Galante)
*A segunda edição da Airport Infra Expo realizada recentemente em São Paulo.
E
*O "pouso de emergência" do Aviodrome. Felizmente, sem vítimas!
(foto: Solange Galante)
*Entrevista com Alexander Zschocke - Gerente sênior de biocombustíveis da Lufthansa
(foto: divulgação Lufthansa)
*Lembra quando os voos domésticos brasileiros tinham classe executiva?
(foto: Solange Galante)
*A segunda edição da Airport Infra Expo realizada recentemente em São Paulo.
E
*O "pouso de emergência" do Aviodrome. Felizmente, sem vítimas!
(foto: Solange Galante)
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Plantão Caixa Preta
Vejam na edição de maio da revista Flap Internacional minha reportagem sobre Carga Aérea.
(Foto: Afonso Delagassa)
(Foto: Afonso Delagassa)