quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Que tal um QUIZ? - RESPOSTA!

Bem, o tempo foi mais que o suficiente, não é mesmo?


O Quiz foi este (publicado em https://caixapretadasolange.blogspot.com/2019/12/que-tal-um-quiz.html ).

O QUE HÁ EM COMUM
ENTRE O CURTISS C-46 COMMANDO
E O EMBRAER FAMÍLIA 190?

E a resposta está aqui!!!:

Tanto o Curtiss C-46 Commando quanto a família Embraer 170/175/190/195, incluindo os E2, têm secção de fuselagem no conceito "oito" ou "dupla bolha" (double-bubble). 

A informação quanto ao Curtiss consta na seguinte publicação:

Johnson, E.R. "The Airliner that Went to War." Aviation History Vol. 18, no. 1, September 2007.

Que cita que esse formato teve origem no protótipo do C-46, que se chamava CW-20 e permitia à fuselagem resistir melhor à pressão diferencial, já que a aeronave deveria ser um avião comercial pressurizado para grandes altitudes. Mas a Segunda Guerra deu ao derivado C-46 missões mais espartanas.

Sobre os modelos da Embraer, o principal objetivo foi aumentar o conforto dos passageiros, e especialmente aqueles mais altos podem experimentar menor incômodo na altura dos ombros, por exemplo.




(crédito da ilustração: Embraer/2011)

Bem, é isso! Até o próximo Quiz!

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Notícias Caixa Preta


O QUE SIGNIFICA O RETORNO DA LUFTHANSA À ROTA SÃO PAULO-MUNIQUE?

(Texto e todas as fotos: Solange Galante)



O D-AIXD fez o primeiro voo LH 504 e faria o LH 505 no mesmo dia.
Não houve batismo com água, apesar de, observo, eu ter presenciado o voo reinaugural Frankfurt-Rio de Janeiro em 2011 onde houve o tradicional o batismo.

No dia 1.o de novembro de 2016 a Lufthansa deixou de operar o voo Aeroporto de São Paulo/Guarulhos (André Franco Montoro) - Aeroporto de Munique Franz Josef Strauss. Naquele ano, a empresa operava o Airbus A340-600 e seguia o destino de outras companhias que haviam sofrido baixa demanda de passageiros. Restaria apenas o voo entre São Paulo e Frankfurt, além do voo para o Rio de Janeiro, para o mesmo destino alemão. 
O que todos tínhamos certeza é... que a Lufthansa voltaria com esse voo! Ainda não se sabia quando, mas, considerando que a empresa sempre acreditou no Brasil, era questão de tempo  retornar com essa importante rota!

 E o dia chegou! Dia 3 de dezembro de 2019, conforme já anunciado muitos meses antes, a companhia retomou os voos entre as duas grandes cidades, aproximando seus centros financeiros e turísticos, bem como permitindo acesso a mais de outras 140 cidades no mundo!
Presentes ao evento realizado no GRU-Airport, da esquerda
 para a direita:  Markus Binkert, Chief Commercial Officer
do Hub Munique e Vice-presidente de Marketing  Sênior do
Grupo Lufthansa, Annette Taueber, diretora geral da
Lufthansa para o Brasil, Vinicius Lummertz, secretário
de Turismo do Estado de São Paulo, representando
o governador João Dória, e Tom Maes, diretor da
Lufthansa para a América Latina.


Desta vez, a missão foi entregue a um dos mais novos equipamentos da frota da Lufthansa, o moderníssimo Airbus A350-900. Um bimotor construído em 70% com materiais compostos, titânio e ligas de alumínio, uma estrutura responsável, por si só, pela redução de peso e 25% menos consumo de combustíveis e emissões.





Dois motores Rolls-Royce Trent XWB-84, mais eficientes
e mais silenciosos, com potência de 84 mil libras cada.


Voando três vezes por semana, às segundas, quintas e sábados no sentido Brasil e às terças, sextas e domingos no sentido Alemanha, o Airbus A350 sai de São Paulo às 18 horas e chega ao destino às 9h35 do dia seguinte, com retorno de Munique às 22h30 e chegada a São Paulo às 7h55 (horários locais). São ao todo 293 lugares distribuídos entre 48 na Business Class, 21 na já famosa Premium Economy e 224 na Economy.
Passageira do voo LH 504, que reinaugurou a rota sentido sul, Annette Taueber fez questão de mostrar como estava descansada, após cerca de 12 horas de voo. E ela não estava exagerando! A pressurização do A350 consegue manter a pressão de cabine a apenas 1.800  metros de altitude e a iluminação composta por 24 jogos de luz permite reduzir ainda mais o jet lag dos passageiros, que atravessam até quatro fusos horários.





O D-AIXD foi batizado com o nome da cidade alemã Bonn,
antiga capital da Alemanha Ocidental. Ele ainda está com as cores anteriores da empresa, que utilizava a cor amarela no logo e outro tom de azul.



Moderno cockpit do Airbus A350-900, aeronave da família XWB,
com o tradicional sidestick...



... no ambiente "full glass" com apenas seis grandes telas LCD, ao contrário
das 10 existentes no painel do A380.



Business class da Lufthansa (não há a First).



Poltrona com reclinação 180 graus na Business.



Um design especial para garantir o conforto dos clientes.



Muito espaço para as pernas e telas maiores no entretenimento de bordo.
Afinal, são mais de 11 horas de voo...



Há alguns anos a companhia alemã lançou sua Premium Economy,
que já é um sucesso em várias rotas, inclusive nas brasileiras.



O conforto também está presente na classe econômica...


...onde os passageiros também desfrutam de grandes telas para seu entretenimento.



(crédito: Lufthansa)

Mas nunca é demais lembrar da importância de ter mais voos especificamente com a Lufthansa disponíveis para o passageiro brasileiro. Este ano a empresa foi escolhida pela terceira vez consecutiva a melhor companhia aérea europeia pela Skytrax. Votaram 20 milhões de clientes, ou seja, passageiros, que é o que interessa. No ano passado, a Lufthansa já havia se tornado a primeira companhia aérea cinco estrelas da Europa, considerando itens importantíssimos como segurança e qualidade em vários itens analisados pela mesma Skytrax. E não foi só a Skytrax quem reconheceu a Lufthansa como companhia "premium": também a prestigiada revista especializada Air Transpot World (ATW) nomeou a empresa alemã como companhia aérea do ano de 2019, considerando sua constante otimização de serviços e experiências orientadas para os passageiros, além de possuir uma das frotas mais modernas e econômicas do mundo. Inovação e sustentabilidade também são outras qualidades consideradas em todas as premiações alcançadas pela Lufthansa, que voa há mais de 60 anos pra o Brasil, ininterruptamente.
Não bastasse isso, o Aeroporto de Munique, que é o segundo maior da Alemanha, este ano, em 2019, foi eleito o Melhor Aeroporto da Europa pela 12a. vez em 14 anos, também pela Skytrax.
Portanto, o que significa esse retorno? Três novos voos semanais da Lufthansa além dos 14 entre São Paulo e Rio de Janeiro para Frankfurt, sem falar dos voos de outras empresas do Grupo, a Swiss, entre São Paulo e Zurique diariamente e da Edelweiss entre Rio de Janeiro e Zurique duas vezes por semana.São mais opções com toda qualidade e segurança. resultado de quem acredita no Brasil.

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domingo, 1 de dezembro de 2019

Que tal um QUIZ ?

O QUE HÁ EM COMUM ENTRE O CURTISS C-46 COMMANDO  E O EMBRAER FAMÍLIA 190? (Não vale falar que os dois têm asas, rs)


Crédito: Wikipedia/domínio público)


(Crédito: Wikimedia commons/Felix Gottwald - www.felixgottwald.net)


segunda-feira, 25 de novembro de 2019

SPEECH

CONGONHAS QUER MUDAR DE ENDEREÇO!!!!

(E VOCÊ pode ajudar!!!!!!!!!!!)


Foto: Solange Galante

por Solange Galante

Mais de uma vez, aqui neste Blog, eu lamentei o risco de extinção dos historiadores de aviação. Após o falecimento de ícones como Carlos Dufriche, Germano Bernsmüller e Denir Lima de Camargo, entre outros, e embora não seja pra já essa extinção (felizmente) eu me preocupo sim com a nova geração de spotters e entusiastas, que quer fama imediata nas redes sociais, e não vai a fundo na história de companhias, aviões, aeroportos e pinturas de aeronaves. Os historiadores citados, por exemplo, fotografavam os aviões, em aeroportos, hangares, até quando estavam na rua, e depois iam atrás de detalhes de sua vida operacional e curiosidades (quando já não as tinham pesquisado). Cansei de ouvir belas histórias deles, algumas até desenvolvi em reportagens. Fotógrafos historiadores também adoram fotografar detalhes, por menores e mais ocultos que sejam.

Talvez, por nossas companhias atuais serem muito jovens, perto das anciãs Varig, Cruzeiro e Vasp do passado. Talvez pela menor variedade de tipos de aviões (antigamente havia muito mais quadrimotores e trijatos, atraindo muito mais os entusiastas, bem como várias grandes fabricantes). Talvez pela própria era digital, que impõe imediatismo, e, não raras vezes, depois de postadas e muito curtidas, as fotos são apagadas dos celulares. 

Mas nós, saudosistas com sangue historiador, ainda resistimos e nos dedicamos a preservar o passado que os mais jovens não viram, ou só conheceram por fotos.

Foto: Solange Galante


Foto: Solange Galante


Esse foi o caso do projeto de  Luís Guilherme Loffredo. Ele conhecia o aeroporto desde criança e tinha 14 anos quando viu o Congonhas de 1983 que reproduziu e, querendo revivê-lo, começou o desafio de montar uma maquete em escala 1/400 fiel àqueles tempos. 

Ela foi totalmente construída em MFD e mede 3,15 m de comprimento.






Fotos: Solange Galante





A pesquisa histórica ficou por conta do próprio Guilherme e a construção em si ficou a cargo do modelista Hugo Barros. 
Apenas as maquetes (diecast) foram adquiridas prontas e, por serem de empresas que não existem mais, deve ter sido a parte mais cara, demorada e difícil do projeto, pois essas "aves" clássicas são normalmente muito disputadas por colecionadores.

Acompanhe, abaixo, o histórico do projeto com palavras do próprio Guilherme, com fotos do mesmo e de Gustavo Broglio:

Primeiros Passos

Foto: Guilherme Loffredo


 Foto: Guilherme Loffredo


Foto: Guilherme Loffredo


Foto: Guilherme Loffredo


"A ideia de fazer uma maquete de Congonhas já me acompanhava há anos, mas foi em 2014 que pude vislumbrar que seria possível. Em julho daquele ano eu estava em Santa Rita do Passa Quatro e lá conheci o Hugo Barros, um artista de inegável talento. Apesar de frequentar esta cidade há décadas, nunca o tinha visto.Trocamos algumas ideias e ele me disse que fazia, além de diversos objetos em madeira, maquetes em escala. Eu já havia comprado algumas aeronaves na escala 1:400 e, após a nossa conversa, fui atrás de outras que combinavam com o Projeto, ou seja: aeronaves de companhias brasileiras dos anos 1980."



       Escolha do Ano para a Maquete Histórica


 Foto: Guilherme Loffredo



 Foto: Guilherme Loffredo


Foto: Guilherme Loffredo


"A escolha de 1983 foi pessoal, mas também por se tratar de um ano em que a frota nacional de jatos passava por transformações e a operação de wide-bodies estava intensa em Congonhas.
Havia a presença constante dos Airbus A300 da Cruzeiro, Vasp e Varig, e ainda os 767-200 da TransBrasil. Mas todo este movimento seria cessado em janeiro de 1985, com a inauguração do Aeroporto de Guarulhos e a transferência da maioria dos voos para este aeroporto.
Portanto, retratar este momento era reviver todas as imagens que tinha em minha mente deste período maravilhoso da Aviação Comercial  Brasileira."


Foto: Guilherme LoffredoFoto: Guilherme Loffredo


"Para realizar este projeto, juntei todas as fotos de meus arquivos digitais, e ainda as que estavam em minha coleção da Revista Flap (tenho a revista desde agosto de 1980).
Infelizmente, eram poucas as fotos deste ano (1983) tiradas na visão do pátio de aeronaves para os prédios de Embarque, Central e Desembarque. Normalmente, estas são capturadas por passageiros embarcando ou desembarcado das aeronaves, ou ainda por funcionários do aeroporto."

Fases do Projeto



  Foto: Guilherme Loffredo
 Foto: Guilherme Loffredo


 Foto: Guilherme Loffredo


 Foto: Guilherme Loffredo


 Foto: Guilherme Loffredo


 Foto: Guilherme Loffredo


Foto: Guilherme Loffredo


"a)    Aquisição das aeronaves da época em escala 1:400
b)     Organização das Imagens – Fotos, Revistas e Livros como: “No Ar – 60 anos do Aeroporto de Congonhas - Infraero” e “Aeroporto de Congonhas – Terminal de Passageiros – Letícia Bandeira de Mello”
c) Layout – optamos por fazer a maquete englobando a cabeceira 17R, Pista 17R até a segunda intersecção, e mais: Pátio de Aeronaves Pequenas e Médias, Pátio de Aeronaves Wide-Body, Prédios Embarque (Ala Norte), Central, Desembarque(Ala Sul), Estacionamento, Prédio das Autoridades e ainda Hangares Varig e Vasp 
d) Dimensões da Maquete: 317 x 125cm
e) Pista e Pátios das Aeronaves – Hugo fundamentou a base em compensado, pintura fiel aos detalhes e posicionamento das bases dos prédios na maquete.
f) Iluminação Fase I e Cobertura – Hugo realizou a iluminação da pista, da pista de táxi e a cobertura em “grama” dos espaços.
g)   Iluminação Fase II (Cabeceira) e Estacionamento de Carros."


Foto: Guilherme Loffredo


Foto: Guilherme Loffredo



Colaboradores

"- Revista Flap Internacional: entrei em contato com a revista e prontamente (como sempre) fui convidado a visitá-los. Fui recebido pelo Sr. Spagat e Sr. Paulo Berger. Ambos gostaram muito do projeto e deram dicas importantes. Após minha visita colocaram uma nota na página da Web da Revista:

 - Letícia Bandeira – sempre amável e solícita, ajudou muito com a certificação dos prédios.

 - Solange Galante – colaborou com dicas importantíssimas, inclusive a correção da identificação da cabeceira 17 para 16, pois esta mudança só ocorreria em novembro de 1984. Faremos a correção da repintura da indicação da cabeceira em breve.

 - Gianfranco Betting – colaborou indiretamente com o seu acervo magnífico de fotos, pois muitas delas eu havia guardado em meu PC. Aliás, acho que não só eu, mas como todo aficionado por aviação, sempre foi presenteado por suas belíssimas imagens.

 - INFRAERO – fui recebido em Congonhas pela Sra. Camila Angelina Santos, Coordenadora de Comunicação Institucional, que me ofereceu todas as dependências visitáveis do Aeroporto para coleta de imagens. Esta visita foi extremante útil, pois possibilitou tirarmos várias dúvidas que tínhamos de detalhes dos prédios e etc...

- Hugo Barros – além de executar a construção da Maquete, colaborou com suas memórias que tinha do período em que morou próximo ao Aeroporto em sua primeira infância.

- Hilton Mazur – responsável por boa parte da venda das aeronaves em escala e incentivador importantíssimo deste projeto e de outros que realizarei. O Hilton possui um Blog dedicado ao Colecionismo e um Grupo de WhatsApp. Estes possibilitam aficionados, como eu, de adquirir peças raras. Há inúmeros colaboradores neste grupo que, após tomarem conhecimento do projeto, entraram “na viagem” e passaram a colaborar."


Conclusão: concluído!!!

"Sonho realizado e materializado! Vamos para o próximo: Galeão 1983. Projeto em andamento!!!"

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Pois é! O trabalho ficou belíssimo, como comprovei pessoalmente durante evento realizado em outubro passado, quando fiz as fotos acima.

Mas, agora, vamos ao que interessa: Congonhas 1983 está na sala do apartamento do Guilherme mas ele quer tirá-lo de lá! A intenção é deixá-lo permanentemente em exposição, para que todos possam apreciar o trabalho dele! Quem se interessa em expor Congonhas, torná-lo mais próximo de todos os entusiastas, crianças e, porque não, também de adultos saudosistas? Até agora, ele só foi exposto três vezes, nas edições 2018 e 2019 do Grupo de Plastimodelismo de Campinas (GPC), realizados na cidade de Valinhos, e no encontro de colecionadores e entusiastas de aviação realizado em São Paulo há pouco mais de um mês. 

AJUDE NESSA CAMPANHA! Contate Guilherme pelo email guiloffredo@yahoo.com.br ! 

E compartilhe essa hastag: #Congonhas1983_Expo

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A seguir, as belas fotos de Gustavo Broglio:













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