quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

SPEECH

SIM, VOAR É SEGURO. MAS, POR QUE MESMO?

(foto: Solange Galante)


No entanto, a reportagem limita as conclusões sobre esse resultado ao dizer "Foram mais de 36 milhões de voos comerciais em 2017, mais do que em qualquer ano na história. E, mesmo assim, o número de acidentes continua a diminuir. Isso se deve à tecnologia e ao rigor cada vez maior dos procedimentos de segurança."

Além desses fatores, óbvios que muito importantes, o treinamento dos pilotos também teve peso relevante. Um exemplo é o que aconteceu nos Estados Unidos depois do acidente de fevereiro de 2009 quando o voo 3407 da companhia Colgan onde 50 pessoas morreram perto da cidade de Buffalo (NY). (vide: https://aviation-safety.net/database/record.php?id=20090212-0). Foi o último acidente fatal com aeronaves de passageiros naquele país. A partir desse acidente a poderosa Federal Aviation Administration adotou três grandes regras para aumentar a segurança. Uma delas prolongou os períodos de repouso obrigatórios entre turnos para pilotos de avião de passageiros, mas não para pilotos de carga, uma disparidade que continua a ser disputada entre pilotos e alguns legisladores. Por isso que continuaram acontecendo acidentes com aeronaves cargueiras, como um do ano passado, com um avião Shorts 330 (vide: https://aviation-safety.net/database/record.php?id=20170505-0).

Outra regra da FAA exigiu treinamento recorrente para pilotos, incluindo sobre como evitar estóis, como aconteceu com o avião da Colgan e também com o Air France voo 447 sobre o Atlântico em 2009.

A terceira regra derivada do colisão do Colgan exigiu que os copilotos tenham as mesmas 1.500 horas de experiência de voo que os comandantes, com menos horas necessárias apenas para pilotos militares e graduados em faculdades (cursos superiores de aviação). O que as companhias aéreas e alguns legisladores criticaram, alegando que isso piora a falta de pilotos qualificados.

Polêmicas à parte, foram atitudes que renderam frutos. A se lamentar apenas que a aviação cargueira, cujos acidentes geralmente causam menos fatalidades por não ter passageiros na aeronave, exceto quando a queda ocorre em áreas residenciais, não tenha exigências semelhantes.

O importante é que fora dos EUA a segurança também vem crescendo, registrado-se apenas um acidente fatal a cada 7,4 milhões de voo, segundo a  Aviation Safety Network.

Fora da aviação comercial, tivemos mortes em acidentes aéreos em 2017 com aeronaves de pequeno porte (aviação geral), helicópteros, aviões e experimentais em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil, o que exige que se mantenham vigilantes autoridades, pilotos e demais profissionais envolvidos para que a segurança aérea só cresça. Objetivo de todos.





r flight for every 7.4 million flights worldwide, according to the Aviation Safety Network.

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